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O bicho não começou a pegar para o Palácio Rio Branco

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

DISPUTA do Palácio Rio Branco ainda se encontra no mesmo ritmo da pré-campanha, não esquentou, mas não esperem que vai ficar neste balseiro de pasmaceira. O auge da campanha se inicia com mais intensidade a partir da primeira quinzena de setembro, e chega ao seu clímax nos últimos 15 dias para a votação. 


As pesquisas registradas na pré-campanha mostraram o candidato Gladson Cameli (PP) na dianteira, e num grupo a seguir o Jorge Viana (PT), Sérgio Petecão (PSD), Mara Rocha (MDB), Márcio Bittar (União Brasil), Nilson Euclides (PSOL) e David Hall (AGIR). A dedução lógica é que o governador Gladson (PP) chegará ao segundo turno, mas isso não é decisivo e pode mudar no decorrer da campanha. Não se pode apontar com exatidão quem será o seu adversário pela oposição. 


As pesquisas de 15 de setembro em diante é que podem proporcionar uma leitura mais próxima da realidade. Mas, um fato novo pode virar o cenário da pré-campanha de ponta a cabeça. E, a campanha oficial costuma pregar peças, invertendo muitas das vezes a base piramidal da disputa. Por isso, ninguém ganhou e ninguém perdeu a eleição. O bicho não começou a pegar. 


OS MELOS, JENILSARAM?


UMA PLACA do candidato ao Senado pelo PSB, Jenilson Leite, no tradicional “Casarão os Melos” – centro da cidade – motivou ontem a pergunta: o deputado federal Flaviano Melo (MDB), passou apoiar o Jenilson para o Senado? A placa só seria posta com autorização, lógico.


O BOLO CONTINUA


PELAS pesquisas internas dos partidos, a disputa para o Senado continua embolada. Mas é natural que até o próximo dia 15, já aconteça uma polarização na cabeça.


NÃO ESPEREM A MÃO NO OMBRO


CANDIDATOS a deputado federal do grupo do Gladson não esperem pela mão no ombro e promessa de apoio, tratem de cair em campo, se quiserem entrar na disputa.


ATIVA NA CAMPANHA


QUEM ESTÁ ativa na campanha á Câmara Federal, é a ex-prefeita Socorro Neri, que fez boa gestão na PMRB. Campanha proporcional, é diferente da majoritária; é na base da Lei de Murici, cada um cuide de sí.


BEM MAIS TÍMIDA


AS MANIFESTAÇÕES políticas da candidata do MDB, Mara Rocha, estão tímidas até o momento. A maior movimentação de apoiadores até aqui tem ficado por conta dos candidatos Sérgio Petecão (PSD) e Gladson Cameli (PP). A campanha do Jorge Viana (PT), também, não tem um grande volume, está mais no corpo a corpo.


ESTARIA NA DISPUTA


O PRÓPRIO candidato ao governo, Márcio Bittar (União Brasil), admite que não vai fazer grande volume de ações, se limitando mostrar a sua atuação parlamentar.


MAIS SACUDIDAS


O SENADOR Sérgio Petecão (PSD) sempre se notabilizou por ter “jingles chicletes”, que pegam e ficam na cabeça do eleitor. As músicas da sua atual campanha, são muito contemplativas. Quem acertou na veia foi a campanha do Gladson, com músicas mais sacudidas, ao estilo de pancadões e funk, bem ao gosto do eleitor da periferia.


VÃO PARA OS DOIS DÍGITOS


NÃO tenho muita dúvida de que os candidatos pela oposição ao governo – Jorge Viana (PT), Sérgio Petecão (PSD) e Mara Rocha (MDB) – chegarão aos dois dígitos na preferência popular, empurrando a decisão para o segundo turno. Só um ponto fora da curva muda isso.


AINDA É A GRANDE DÚVIDA


A GRANDE interrogação é ainda saber, qual é dos candidatos ao governo pela oposição, que enfrentará o Gladson Cameli (PP), num eventual segundo turno.


DITADO ÁRABE


A direção do PDT bateu o pé, e disse que não daria legenda para a vereadora Michelle Melo (PDT) disputar um mandato de deputada estadual. Michelle peitou e é candidata. Seus dirigentes bradaram que não abririam a mão da primeira suplência do candidato ao Senado, Ney Amorim (PODEMOS), não aguentaram a prensa do governo e abriram. Diz um ditado árabe que, não se deve sentar em uma cadeira da qual alguém possa mandar você se levantar.


A CARA E O TAPA


QUEM teve fidelidade extrema ao governo como líder na ALEAC, foi o deputado Pedro Longo (PDT). Não se sabe se será reconhecido pelo comando da campanha do Gladson. Nada mais desgastante que ser líder de governo, é quem bota a cara aos tapas da oposição.


NÃO SERÁ TAREFA FÁCIL


NUMA OLHADA nos nomes da federação PV-PT-PCdoB, fica difícil apostar que a aliança fará dois deputados federais. Um pode ser tido como certo. Para fazer dois seria preciso quatro candidatos muito bem votados. Mas, política é política, e tudo pode acontecer.


THOR DANTAS


É UM dos bons nomes da nova safra de candidatos a deputado federal. O médico Thor Dantas, que ficou na ponta do combate à covid, é candidato pelo PSB.


RODADA DE SABATINAS


O ac24horas começa amanhã, às 19.30 horas, ao vivo, sua rodada de sabatinas com os candidatos a senadores, iniciando pela deputada federal Vanda Milani (PROS). A segunda etapa, será com os candidatos a governador.


NÃO DECIDE, MAS DÁ UMA LUZ


PESQUISA não decide eleição. Para pegar exemplo recente, temos a vitória do Bocalon a prefeito, que estava na rabada. Mas a pesquisa de amanhã, de um instituto de renome nacional, na TV-ACRE, dará uma luz como se encontram as disputas a governador e senador.


ELEIÇÃO DESCOLADA


A ELEIÇÃO para senador é descolada da eleição para governador. É um erro de candidato achar que andar sempre em companhia de um candidato a governador, implica em transferência automática de votos. 


PELA ORDEM DE VOTAÇÃO


NÃO é nem preciso conhecer de política para se prever que, em Sena Madureira, a disputa para a Câmara Federal, terá a Meire Serafim (União Brasil) como a mais votada; e como segundo votado, o Gerlen Diniz (PP).


NÃO SE SERVE A DOIS SENHORES


O PREFEITO de Feijó, Kiefer, declarou que dividirá o apoio do seu grupo entre dois candidatos ao Senado; o Ney Amorim (PODEMOS) e a Márcia Bittar (PL). Na política, servir a dois senhores, é servir a nenhum.


NINGUÉM VÁ SE ADMIRAR


PODEM ANOTAR, para cobrar. Ninguém vá se admirar se no segundo turno o senador Márcio Bittar (União Brasil) e o governador Gladson (PP) estiverem juntos num eventual palanque no segundo turno. Já conversaram.


DESPRENDIMENTO POLÍTICO


É muito desprendimento político por parte do ex-prefeito Marcus Alexandre (PT), deixar de lado uma quase certa eleição de deputado estadual, para ser candidato a vice-governador pelo PT, uma empreitada imprevisível e arriscada. Foi um ato partidário.


É PRECISO AVISAR


PELO que se lê e se vê no material enviado pelas assessorias dos candidatos a senador e governador, com pinceladas de vitória certa; é bom lembrar que só existe uma vaga em disputa para o Senado e uma vaga para o Governo. E, o dono da vaga é o eleitor e não o candidato. Pelo material, está todo mundo eleito.


UM ÍNDIO NA ALEAC?


QUEM esteve no lançamento ontem da sua candidatura em Marechal Taumaturgo, e acompanha suas andanças políticas; coloca o ex-prefeito Isaac Piyãco (PSD), como um forte candidato a deputado estadual. Se eleito, se teria o primeiro índio na Assembleia Legislativa.


DISPUTA INTERESSANTE


TEREMOS nesta eleição uma disputa interessante em Mâncio Lima, entre os irmãos deputado Jonas Lima e o prefeito Isaac Lima. Jonas puxa a campanha do candidato ao governo Jorge Viana (PT), e o Isaac a campanha à reeleição do governador Gladson.


NÃO QUEBRA A POLARIZAÇÃO


A eleição presidencial está polarizada entre o Lula e o Bolsonaro. Não há espaço para a chamada terceira via. E, todas as pesquisas colocando o Lula na dianteira.


TOLICE IMBATÍVEL


Vai ficar como a tolice imbatível desta eleição, a campanha movida contra as urnas eletrônicas pelo presidente Bolsonaro. Desde a implantação do sistema não se conhece um episódio de fraude no seu uso.


SERÁ INEVITÁVEL


ATÉ AQUI, a campanha tem tido cutucadas esparsas entre os candidatos, mas não vai ficar nesta pasmaceira. No auge da campanha, nos debates, o subterrâneo dos candidatos virá à tona, porque não é eleição para Papa.


FRASE MARCANTE


“A preguiça anda tão devagar que a miséria facilmente a alcança.” Ditado sul-americano.  


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Luis Carlos Moreira Jorge

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