Em meio ao avanço ostensivo das queimadas e do fumaceiro nas cidades, lideranças dos praças bombeiros intensificaram as cobranças por mais efetivo no Acre.
Hoje, segundo eles, o quadro possui pouco mais de 420 integrantes e nenhum é soldado. Seriam necessários 1.765 homens no Acre -quatro vezes mais que o efetivo atual.
O concurso em andamento tem previsão de 147 vagas e os líderes dos praças pedem ao menos 240 soldados. “As vagas do concurso eram inicialmente 147. 240 já ajudaria muito. E posteriormente o todo o cadastro de reserva”, disse o presidente da Associação dos Praças Bombeiros Militares do Acre, Diego Costa.
Com baixo contigente, em muitas cidades, como Feijó, por exemplo, é feito um rodízio com militares de outras cidades, principalmente de Cruzeiro do Sul, através de diárias para manter o serviço.
Os líderes não tem dúvidas de que essa estratégia compromete a qualidade do trabalho.
Além disso, com baixo efetivo algumas ocorrências podem ficar sem atendimento. “Aguardamos o cumprimento da promessa (já em atraso) do governador Gladson Cameli convocação de no mínimo 240 novos soldados para iniciar o curso de formação ainda em 2022. Entre oficiais e praças somos hoje somente 423 bombeiros(as) no serviço ativo para todo o Acre”, reivindicou o bombeiro Abraão Púpio em seu perfil no Instagram.
Além do rodízio em determinadas situações, é usual o banco de horas, uma saída que, dizem as lideranças, acaba exaurindo mental e fisicamente o bombeiro.
A reportagem encaminhou mensagem ao comando do Corpo de Bombeiros e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Povos Indígenas (Semapi) acerca das questões relatadas e aguarda manifestação.