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DO PSOL, Nilson Euclides quer um governo sem olhar pelo retrovisor

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O candidato do PSOL ao Governo do Acre, professor Nilson Euclides, está convicto de que nestas eleições o eleitorado acreano vai optar por um governo de renovação, com novos rostos e novas ideias.


“Precisamos renovar no sentido efetivo da palavra, cabeças novas, ideias novas, outra forma de pensar a política. O eleitor não quer mais uma administração que olhe pelo retrovisor, seja do lado direito seja do lado esquerdo. Vamos olhar pra frente”.

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Os comentários foram feitos em entrevista aos jornalistas Thiago Martinello e Brenda Amâncio do programa Jornal Gazeta 93, que foi ao ar na manhã desta sexta-feira, 12, pela rádio Gazeta FM.


Paulista de uma família com 12 filhos, foi office boy e funcionário da Odebrecht na Usina de Samuel em Rondônia até migrar para o Acre há 30 anos onde se formou na UFAC em Ciências Sociais com mestrado e doutorado em Ciências Sociais-Política pela PUC de São Paulo.


Professor associado de Ciências Políticas da Universidade Federal do Acre, Nilson informou que sua candidatura foi motivada por mais de 20 anos estudando a política acreana. Neste período, ele teve oportunidade de escrever uma tese sobre o projeto de hegemonia da Frente Popular do Acre, a aliança liderada pelo PT que governou o Estado entre 1999 e 2018.


As eleições deste ano, segundo Nilson, vão ser as mais importantes para quem nasceu nos anos 1960. “Vivemos um momento de extrema gravidade. A democracia sofre ataques diários. Aqueles que têm responsabilidades com a democracia, os homens e as lideranças que têm compromisso com o Brasil e com o Acre precisam se posicionar. É este o movimento que faço ao sair do gabinete da universidade para acrescentar de forma propositiva e qualificada o debate político no Acre”.


De acordo com o professor, os indicadores econômicos revelam que o Acre retrocedeu no tempo. “São números pavorosos. A produção de mandioca, principal produto agrícola do Estado e da dieta do acreano, caiu 40%. A educação está em 22º segundo lugar num ranking de 27 unidades da federação.


Nilson Euclides refuta a ideia de que a esquerda é contra o agronegócio. “Ninguém é contra o agronegócio, mas este segmento precisa atualizar o discurso de que a produção depende do desmatamento. A produção tem que se apoiar em tecnologia para melhorar a produtividade sem esquecer de incluir a agricultura familiar e a pequena propriedade. Caso contrário não é um agronegócio do século 21, pois a produção de alimentos tem sido feita basicamente pela agricultura familiar”.


O professor acha uma contradição a negação da ciência pelo atual Governo que tem no agronegócio sua principal base de apoio, pois o agronegócio é um produto de ciência e tecnologia. “As universidades e a Embrapa são a fonte de conhecimento do agronegócio, portanto é um absurdo esta rejeição à vacina, à ciência. Pela manhã negam a ciência e à noite rezam por soluções que dependem de pesquisa e conhecimento”.


Em sua administração, Nilson Euclides tem como prioridades um tripé formado por participação popular, transparência e desenvolvimento. “Falar em Governo popular parece ofensivo, mas se todo poder emana do povo e por ele deve ser exercido não estamos inventando a roda, nem desprezando o Poder Legislativo.


Esta participação do povo, de acordo com o programa de Nilson, se dará por meio da reorganização do movimento social, reformulando os sindicatos, associações e cooperativas desmantelados durante o longo período da hegemonia da FPA.


“O Acre terá um orçamento de R$ 8 bilhões para 2023. Como este dinheiro será aplicado deve ser decidido por uma conferência dos movimentos sociais e não por cinco ou seis pessoas que dominam o PIB do Acre. Isso é participação popular, não estamos inventando a roda e nem estamos querendo substituir o Legislativo, estamos falando de um orçamento que temos que aplicar ouvindo a população. O povo terá poder para deliberar”.

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Ao optar pela servidora pública Jane Rosas, uma militante do movimento de mulheres do Acre e do Brasil como vice em sua chapa, Nilson explicou que foi uma deliberação do PSOL sem a qual ele não se sentiria confortável para conduzir a campanha. “A mulher é a protagonista do Século 21 não apenas na política, mas nas ciências, nas artes e nos esportes. Esta violência que a mulher vem enfrentando hoje em dia nada mais é do que a reação a este protagonismo”.


A Educação, além de prioridade no programa de Governo, é uma especialidade de Nilson Euclides, professor da Ufac que já lecionou no Iesacre e na Uninorte. Nesta área, suas ideias são inspiradas em experiências já conhecidas no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Como exige muito investimento, tenho o compromisso de construir pelo menos uma escola de período integral para alunos desde a pré-escola ao ensino médio. Uma escola que integre educação, esporte, arte, saúde, meio ambiente e infraestrutura”.


Além disso, como modo de combater a evasão de alunos do Ensino Médio, Nilson Euclides vai estudar uma alternativa para implantar um programa de transferência de renda para cada aluno, uma espécie de bolsa de estudos para ajudar o aluno e sua família. “Este é um programa que precisa ser elaborado em caráter de urgência, pois estamos perdendo os jovens para o crime organizado”.


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