A suposta presença de um residente de anestesiologia atendendo sem ter terminado o curso de especialização virou caso de polícia. O que ocorre é que o ac24horas recebeu uma denúncia de que Rafael Queiróz de Oliveira, médico, estaria atendendo como anestesiologista no pronto-socorro de Rio Branco, mesmo sem ter terminado a especialização.
O profissional é contratado por uma empresa terceirizada, Bone, vencedora de uma licitação para prestar atendimento especializado de anestesiologia à Secretaria Estadual de Saúde. O problema no caso é que Rafael, de acordo com o portal do Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM), estaria ainda cursando a especialização na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
O ac4horas recebeu a denúncia e procurou a direção do PS. Dora Vitorino, diretora da unidade, encaminhou um certificado de conclusão que comprovaria que Rafael concluiu a especialização em abril deste ano. Acontece que ao consultar o CNRM, o número do certificado que aparece é de outra pessoa.
Outro fator que levanta dúvidas sobre a veracidade do certificado é que documento de admissão do processo seletivo de residência médica de Rafael é de fevereiro de 2020, o que significa que não haveria tempo hábil para a conclusão em fevereiro deste ano como consta no certificado apresentado à reportagem. Em contato com a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia foi confirmado que Rafael ainda está cursando a especialização.
O denunciante, que prefere não ser identificado, levou a denúncia ao Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) e ao Conselho Regional de Residência Médica do Acre (Coreme). O presidente do Sindmed, Guilherme Pullici falou sobre as providências que devem ser adotadas.
“O que chegou até nós é que um colega que ainda não tem o título de especialista, que ainda está em formação e que a empresa terceirizada não verificou isso. Nós não sabemos se agiram de má-fé ou se não prestaram atenção a esse detalhe. Vamos encaminhar a denúncia ao Ministério Público e também ao Conselho Regional de Medicina, já que tudo indica que esse colega médico não fez o registro provisório no CRM, já que todo profissional que vem de outro estado para cá precisa registrar provisoriamente para poder atuar”, diz o presidente do Sindmed.
O ac24horas tentou o contato com Rafael Queiróz de Oliveira, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto caso o profissional queira se manifestar.
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