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Acre: ninguém vem impunemente

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Luiz Calixto
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Como não sou porteiro e nem dono do Acre, a decisão sobre quem deve vir ou não para o nosso Estado não compete a mim.


Aliás, aqui presto minha homenagem e reconhecimento às milhares de pessoas que escolheram o Acre como lugar para viver, trabalhar, gerar renda, empregos etc.


Gente que trouxe cultura, ideias, investimentos, tecnologias, novos costumes de viver.

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Quando vejo acreanos do pé rachado com cuias de tereré ou chimarrão, valorizo ainda mais a importância dos nossos conterrâneos de coração.


Se eu pudesse, ficaria no posto fiscal da Tucandeira, BR-364, ou no aeroporto de Rio Branco estendendo o tapete para dar boas vindas a qualquer brasileiro que escolhesse o Acre para viver.


Mas com relação àqueles que vieram apenas para tentar se dar bem na política, tenho direito de dar minha opinião.
O caso presente é o senhor Fábio Rueda.


Trata-se de um médico pernambucano que veio ao Acre para realizar cirurgias. Não tenho conhecimento que nenhuma delas tenha sido feita gratuitamente.


Fábio Rueda é irmão de Antonio Rueda e Maria Emília Rueda, vice-presidente e tesoureira, respectivamente, do partido União Brasil, cuja presidência estadual é exercida pelo senador Márcio Bittar.


Vale lembrar que o União Brasil é o detentor de um fundo partidário estimado em R$ 1 bilhão.


Pois bem. Dentro dessas condições, Fábio Rueda escolheu o Acre para tentar um mandato de deputado federal pelo União Brasil. Se não sou porteiro ou dono do Acre, acrescento também que não controlo o voto de ninguém. Fiquem à vontade aqueles que desejarem votar nele.


Ontem, o Acre assistiu ao golpe dado pelo senador Márcio Bittar na executiva estadual do União Brasil ao expulsar todos os integrantes do partidos aliados do deputado federal Alan Rick.


As pretensões de Alan de ser candidato a vice-governador ou a senador da República na coligação de Gladson Cameli foram jogadas no brejo pelo grupo que mencionado acima.


Como Alan nunca foi contabilizado como candidato a deputado federal, é muito provável que Marcio Bittar, originário do Mato Grosso do Sul, faça barba, cabelo e bigode e também negue legenda para ele disputar a reeleição, afinal o plano dos Ruedas é faturar um mandato de deputado federal pelo Acre.


E por que pelo Acre? A resposta é mais fácil que tomar pirulito de criança: o custo de eleger um deputado pelo Acre é infinitamente menor do que eleger um parlamentar pelo Pernambuco.


Aliás, para quem tem os irmãos com a chave do cofre de R$ 1 bilhão, eleger um deputado pelo Acre corresponde ao dinheiro de uma dose de cachaça produzida em alambique de Pernambuco.

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Como dizia o saudoso jornalista José Chalub Leite, “ninguém vem pro Acre impunemente”.


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