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Mãe de santo acusa vereador de Xapuri de intolerância religiosa

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Uma confusão entre vereadores de Xapuri ocorrida na sessão desta terça-feira (2), quando pelo menos três dos representantes do povo discutiram acirradamente durante os trabalhos, terminou com uma acusação de intolerância religiosa contra o vereador Alcemir Teodózio (União Brasil).


De acordo com a candomblecista e mãe de santo Awraomin Pantera, o vereador se dirigiu a ela com insultos após o tumulto que ocorreu instantes antes. Ela é diretora de Cultura do município e os ânimos se exaltaram em razão de Teodózio ter questionado a destinação de recursos da Lei Aldir Blanc na cidade.


O vereador havia pedido que Pantera fosse retirada da plateia após ela se manifestar durante as informações que eram prestadas pelo secretário municipal de Cultura, Jorge Ferreira, a pedido do próprio Alcemir Teodózio. A confusão começou depois que a Mesa Diretora não atendeu à solicitação do parlamentar.

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A religiosa de matriz africana afirma que depois da sessão o vereador tentou tomar satisfações com ela, que se recusou a falar com ele em razão da condição de desequilíbrio e alteração emocional que o político aparentava. Foi então que, segundo ela, ela passou a ofender a sua religião.


“Quando foi lá fora, eu disse que não queria conversar porque ele é um desequilibrado. Então ele falou que estava munido do espírito santo e que o deus que eu sigo é do capeta, do demônio. Disse também que ele estava ali porque Deus havia colocado ele ali e que eu tinha que sofrer porque sou do demônio”, afirmou.


Awraomin Pantera disse ao ac24horas que registrou boletim de ocorrência na Delegacia Geral de Xapuri por intolerância religiosa e injúria racial contra o vereador e afirmou que pretende processá-lo. Ela também afirmou que essa não é a primeira vez que é vítima de ofensas da parte de Alcemir Teodózio.


Procurado, o vereador negou as acusações da religiosa. Ele disse que não faltou com respeito à religião dela e afirmou que o problema se deu porque ela não poderia, segundo o Regimento Interno da Câmara, se manifestar da plateia, como aconteceu, razão pela qual pediu a sua retirada.


“Com relação a isso eu estou tranquilo, pois em nenhum momento eu desrespeitei a religião dela. Eu só falei que Jesus a ama, e ama mesmo, o Espírito Santo de Deus ama a todos. A gente não pode agredir a fé de ninguém, a religião de ninguém, e toda acusação tem que ter provas testemunhais e isso ela não vai conseguir”, garantiu o vereador.


Sobre a confusão ocorrida durante a sessão, Alcemir explicou que o problema se deu por conta do desrespeito ao Regimento Interno da Câmara, quando a diretora de Cultura se manifestou da plateia e a Mesa Diretora não atendeu aos pedidos que ele fez para que a norma interna da Casa fosse obedecida.


“Em vez de fazer cumprir o regimento, os vereadores partiram para cima de mim, concordando com a manifestação da pessoa que estava na plateia, infringindo a lei”, argumentou.


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