A fabricação de alimentos cresceu 65,5% no Acre entre 2011 e 2020, segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa divulgada nesta quinta-feira (21) pelo IBGE.
Nesse período, a fabricação de produtos da madeira ingressou na economia do Acre, enquanto a fabricação de produtos minerais não metálicos manteve-se no mercado no período. Alimentos, madeira e não metálicos são os segmentos da indústria mais relevantes para a economia do Acre, segundo se constata na PIA.
Apesar desses dados, a participação da indústria na região Norte caiu de 0,4% para 0,2%. No entanto, todos os Estados do Norte fabricam alimentos, mas só o Acre registrou crescimento tão robusto desse segmento na região.
Os números nacionais não são melhores que os regionais. De 2011 a 2020, a indústria brasileira perdeu 9.579 empresas, ou 3,1% do total, além de 1,0 milhão de empregos (-11,6% do total), sendo 5.747 vagas nas indústrias extrativas e 998.200 nas indústrias de transformação.
Entre 2019 e 2020, a indústria perdeu 2.865 empresas (-0,9%), mas a população ocupada cresceu 0,5%, ou mais 35.241 pessoas ocupadas.
A receita líquida da indústria chegou a R$ 4,0 trilhões em 2020, com as indústrias de transformação concentrando 93,1% do faturamento. Entre as atividades, a indústria alimentícia lidera com 24,1% de participação e aumento de 5,9 p.p. em 10 anos, dos quais 3,6 p.p. foram entre 2019 e 2020.
Já a indústria automotiva perdeu 4,9 p.p. em 10 anos, passando de 12,0% para 7,1% no período. Já a participação da Fabricação de produtos químicos saltou de 8,8% para 10,5%, saindo da quarta para a segunda posição, em 10 anos.
As indústrias extrativas responderam por 6,9% do faturamento da indústria em 2020, com destaque para a Extração de minerais metálicos (4,7%) e Extração de petróleo e gás natural (1,4%).
