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Médicos do Juruá estão há 15 anos sem aumento e prometem medidas contra governo

Por
Sandra Assunção

Os 52 médicos que trabalham no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, contratados pela Associação Nossa Senhora da Saúde (Anssau), que recebe recursos do governo do Estado, querem um reajuste nos valores pagos pelos contratos. O médico intensivista Teobaldo Dantas afirma que em 15 anos de trabalho no local, eles tiveram um único aumento, concedido em 2016. Segundo ele, há 60 dias enviaram documento para a Anssau e Sesacre, mas ainda não tiveram resposta sobre o reequilíbrio financeiro que buscam.


O médico conta que são contratados como pessoas jurídicas, de forma terceirizada e que por isso, não podem fazer greve. Eles prestam serviço de empresa para empresa, segundo Teobaldo, por contratos cujos valores variam de acordo com a importância do serviço e outros fatores. Mas agora buscam o reequilíbrio financeiro junto à Anssau e dizem que podem “tomar outras medidas”.


“Somos contratados como pessoa jurídica e não física e por isso não podemos fazer greve, mas podemos tomar outras medidas. A inflação está muito alta. Desde 2016 não temos aumento, mas em 2016 o óleo de cozinha custava R$ 1, 29 e agora custa R$10 e estamos pagando as contas com o mesmo salário. O salário mínimo neste período teve defasagem de 65%. A gente acredita que o governo nesse momento de aumento de Covid-19 não vai querer esse problema . A gente quer que a Anssaue a Sesacre se sensibilizem e negociem com nosso advogado. Até porque há previsão jurídica de recomposição financeira das empresas, que já é um outro caminho”, pontua o médico, afirmando não querer politizar a situação. “O trabalho feito pelas irmãs é fantástico e reconhecido. Não queremos politizar só manter nossas empresas e pagar as contas”, concluiu.


A direção da Anssau informou que já enviou a proposta dos médicos para a Sesacre e aguarda uma posição para repassar para os profissionais.


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Sandra Assunção

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21/11/2025