Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) concluiu 50% das obras de dragagem no Rio Madeira, um dos principais eixos logísticos do norte do Brasil. Os trabalhos foram executados nos segmentos de Cujubim, Curicacas e Papagaios.
As equipes avançam com os serviços em Miriti, Santa Cruz e Manicoré – pontos de dragagem definidos em planejamento executivo antes do início dos serviços, com base nas batimetrias mais recentes e diálogo com usuários da hidrovia. A previsão é de que sejam dragados 1,25 milhão de metros cúbicos até julho.
Por meio do trabalho, o DNIT busca evitar a interrupção do transporte de cargas pelo rio durante o período da seca e garantir a utilização do transporte hidroviário, modo de transporte que além de mais econômico, é menos poluente e tem índice de acidentes menor.
O Rio Madeira é um dos principais eixos logísticos do norte do país e integra o Arco Norte. A região compreende os Estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Mato Grosso e Tocantins, e permite o escoamento de safras pelo rio Amazonas e seus afluentes da margem direita – que correm na direção sul-norte, dos cerrados do centro do país para a floresta Amazônica.
Pelo Rio Madeira é feito o escoamento de produção agrícola, principalmente soja e milho, de Mato Grosso e Rondônia, e de insumos como combustíveis e fertilizantes, bem como alimentos e produtos produzidos na Zona Franca que partem de Manaus com destino a Porto Velho e Rio Branco.
O tráfego de embarcações no Rio Madeira vem ganhando importância desde a década de 1990. Em função da implantação da nova fronteira agrícola de soja e milho na região Centro-Oeste do Brasil, a produção dessas matérias-primas passou de praticamente zero para um volume que exige para seu transporte, atualmente, um fluxo de comboios de balsas e empurradores de grande porte, além dos barcos mistos de passageiros e pequenas cargas.
O serviço de dragagem do Rio Madeira é feito por meio do Plano Anual de Dragagens de Manutenção Aquaviária (PADMA), método recente de contratação de serviços de dragagem nas hidrovias brasileiras. O sistema tem como base o modelo de contratação de trabalhos de manutenção já utilizado no modal rodoviário. O plano busca mais agilidade na execução, medição e fiscalização dos contratos desse serviço.