A família do jornalista Dom Phillips, correspondente do jornal britânico The Guardian, informou que dois corpos foram encontrados hoje de manhã em meio às buscas no Vale do Javari (AM), na Amazônia, e que serão periciados para confirmar se são de Dom e do indigenista Bruno Araújo Pereira, servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio).
Bruno e Dom estão desaparecidos desde 5 de junho, quando foram vistos pela última vez no trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, para onde se deslocariam em uma embarcação.
As autoridades brasileiras ainda não confirmaram a informação. A Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) negou que corpos teriam sido encontrados no local. “Acabamos de confirmar com nossa equipe via telefone satelital que não encontraram nenhum corpo na área de busca”, informou em comunicado à imprensa.
Alessandra Sampaio, mulher de Dom Phillips, disse ter sido avisada pela embaixada britânica e pela Polícia Federal sobre a localização de dois corpos, segundo o jornalista André Trigueiro, da GloboNews. Procurado pelo UOL, Marcus Farias Sampaio, cunhado de Dom Phillips, confirmou a informação sobre a localização de dois corpos durante as buscas. Contudo, negou que eles tenham sido identificados.
“[Minha irmã] foi sinalizada por um amigo agora pela manhã que dois corpos foram encontrados, mas entendemos que ainda precisam ter a identificação”, relatou, em conversa pelo WhatsApp.
Paul Sherwood, cunhado de Dom, disse ao jornal The Guardian ter sido informado sobre a localização de dois corpos pela embaixada brasileira na Inglaterra. “Eles não descreveram a localização. Disseram apenas que os corpos foram encontrados na floresta e que estavam amarrados junto a uma árvore. Mas os corpos ainda não foram identificados”, informou ao The Guardian.
Ontem, a PF informou que mergulhadores encontraram pertences de Dom e Bruno, incluindo uma mochila e um documento.
Amarildo da Costa Oliveira, chamado de “Pelado”, foi preso em flagrante na última terça (7), por posse de drogas e de munição de uso restrito. Ele é suspeito de envolvimento no sumiço. A defesa de Amarildo nega envolvimento dele com o desaparecimento.