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Ordem para matar membro do novo cangaço veio de Pernambuco, diz Polícia Civil do Acre

Por
Antônio Malvadeza

A Polícia Civil do Acre, através de investigadores da Divisão Especial de Investigações Criminais (DEIC), concluiu que a ordem para executar o faccionado Anderson Gomes de França, de 42 anos, partiu do crime organizado da grande Recife, no estado de Pernambuco, onde ele comandava o tráfico de drogas. A motivação seria a disputa de território, na área onde Anderson atuava.


Quando foi preso pela segunda vez, na última quinta-feira (9), o foragido mais uma vez portava um RG falso com o nome de José Alfredo Gomes de Albuquerque. “Vamos mandar o documento para a perícia e tentar descobrir onde e por quem foi feito”, comentou o delegado Cristiano Bastos, da DHPP, que cuida do caso.


Gomes foi vítima de um atentado no início da tarde do dia 2 de junho, quando chegava em sua casa, no Conjunto Ouricuri, na parte alta da capital. Além de usar documentos falsificados, ele tinha prisão preventiva decretada pela justiça da Bahia e da Paraíba por assaltos e tráfico de drogas, além de pertencer a uma das células do Novo Cangaço, organização especializada em assaltos a bancos.


Como tinha sido autuado em flagrante por usar documento falso, na tarde do dia 3 foi apresentado na Audiência de Custódia, no Fórum Criminal, quando foi liberado e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. A alegação do juiz plantonista foi de que não havia sido encontrado nenhum mandado de prisão contra ele no sistema nacional.


Desde então, investigadores da DHPP sob comando do delegado Cristiano Bastos passaram a trabalhar para obter provas, quando descobriram que Anderson era traficante forte na grande Recife, em Pernambuco, de onde partiu a ordem para matá-lo. De acordo com as investigações, mesmo distante ele continuava comandando o tráfico e a disputar territórios em áreas ocupadas por outros grupos, sendo essa a motivação.


Na quinta-feira passada, de posse de dois mandados de prisão, investigadores passaram a procurá-lo em vários pontos da cidade. Ele foi preso em um cartório, quando mais uma vez usando documento de identidade falsa tentava vender seu carro para fugir. Na DHPP, ele foi interrogado pela segunda vez como vítima de tentativa de homicídio, já que no primeiro depoimento se manteve quase o tempo todo calado.


Nesta última sexta-feira (10) foi mandado de volta ao presídio, de onde deverá ser recambiado para Pernambuco ou Paraíba, onde tem prisão preventiva decretada.


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Antônio Malvadeza

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