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Médicos decidem retornar movimento de greve a partir do dia 30 de junho no Acre

Presidente dos Sindicatos dos Médicos do Acre, Guilherme Pullici - Foto: Sérgio Vale
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O presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Guilherme Pulici, declarou que a categoria deliberou em assembleia-geral, ocorrida na última sexta-feira,10, a retomada do movimento de greve. O início da paralisação está prevista para o dia 30 de junho – em todo território acreano.


O sindicalista destacou que a categoria aguardou o prazo dado pelo governo do estado para que apresentasse os resultados dos acordos firmados em ata nas reuniões de negociações, o que não aconteceu. “Os pontos não foram estendidos. Tínhamos a expectativa de ser cumprido as reivindicações. Só que agora a gente adicionou emergências, como melhorias na pediatria. Só na pediatria precisamos de UTI e leitos de semi-intensivo e também pedimos mais profissionais”, declarou.


Sobre o surto do vírus sicincial respiratório – que culminou na morte de 9 crianças em menos de dois meses – Guilherme destacou que o sindicato alertou o governo acerca do problema. No entanto, apesar da indignação com o governo, os profissionais avisam que a greve não vai afetar as crianças. “Queremos que a greve não interfira no atendimento às crianças. Já que a gestão não faz, vamos fazer. É bom lembrar que o problema de UTI pediátrica é na rede pública e privada, afeta a todos”, ressaltou.

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Acerca do movimento, o primeiro-secretário do Sindmed-AC, Gilson Lima, afirmou que existiram dezenas de reuniões com a equipe de governo, algumas desmarcadas pelos próprios representantes do estado, e, até o momento, não houve resultado prático a ser apresentado para a categoria.


“O acordo firmado para a suspensão da greve, em maio, estava condicionado à efetivação dos acordos, e não apenas promessas. O prazo esgotou-se sem resolução de todas as pendências, por isso é justo que os médicos decidam retomar o movimento”, explicou.


A assessoria do Sindmed frisou que a assembleia deverá decidir todas as estratégias da paralisação, inclusive os setores que devem continuar funcionando e aqueles que podem parar. A mobilização pode durar todo o ano de 2022 se os pleitos da classe não forem atendidos.


Gilson contou que entre a categoria cresce o descontentamento com o governo devido a falta de reconhecimento do trabalho realizado pelos médicos durante a pandemia e até mesmo nos mutirões de cirurgias. “Os colegas estão esgotados, receberam muitas promessas mas, até o momento, o governador não cumpriu nenhuma dessas promessas. O sentimento é de grande revolta da categoria”, encerrou.


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