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Rio Branco gerou 51,7% dos empregos com carteira assinada de janeiro a abril de 2022

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O Ministério do Trabalho e da Previdência Social, na manhã da segunda-feira (6/6) informou que no Acre 798 empregos com carteira assinada foram gerados durante o mês de abril. O resultado foi gerado pela diferença entre as 3.971 contratações e 3.173 demissões registradas no respectivo mês. Abril do ano passado, por sua vez, havia gerado somente 327 empregos. Portanto, verificou-se um aumento na comparação anual.


No acumulado do ano (de janeiro a abril de 2022) já foram gerados 2.304 com carteira assinada, um crescimento de 44,4% do igual período de 2021 (1.596 vagas). Já no acumulado em 12 meses (de maio de 2021 a abril de 2022) os empregos gerados foram de 8.526, superando em 135,5% o valor para o mesmo período de 2021 (3.621 empregos com carteira assinada).


FONTE:NOVO CAGED


É importante analisar a geração de empregos com carteira assinada pelas Mesorregiões. Só recordando que o Acre possuí duas grandes mesorregiões: Vale do Juruá e a do Vale do Acre. 


O Vale do Juruá é composto por 8 municípios: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves, Feijó, Jordão e Tarauacá. O Vale do Acre é composto por 14 municípios: Manuel Urbano, Santa Rosa, Sena Madureira, Acrelândia, Bujarí, Capixaba, Plácido de Castro, Rio Branco, Senador Guiomard, Porto Acre, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri.


O conceito de mesorregião é utilizado pelo IBGE, “…é uma área individualizada, em uma Unidade da Federação, que apresenta forma de organização do espaço geográfico definidas pelas seguintes dimensões: o processo social, como determinante; o quadro natural, como condicionante; e a rede de comunicação e de lugares, como elemento da articulação espacial. Essas três dimensões possibilitam que o espaço delimitado como Mesorregião tenha uma identidade regional. Essa identidade é uma realidade construída ao longo do tempo pela sociedade que aí se formou.” 


Devido as peculiaridades de Rio Branco, capital do Estado e detentora de quase 50% da população e do PIB do Acre, resolvi separar Rio Branco. Portanto, vamos mostrar os empregos gerados separando a capital do restante dos municípios do Vale do Acre, cujos números constam no gráfico abaixo.


FONTE:NOVO CAGED


Vemos que sem Rio Branco, o Vale do Juruá ficou muito próximo do Vale do Acre na geração dos empregos de abril, diferença de 53 vagas. Lembrando que o Juruá detém somente 20% do PIB estadual. Porém, tanto no acumulado do ano como no acumulado nos 12 meses temos uma distanciamento do Vale do Acre em relação ao Vale do Juruá. 


Os Municípios que mais se destacaram na geração de empregos no ano no Vale do Acre (sem Rio Branco), foram: Sena Madureira (384), Plácido de Castro (183), Bujari (84) e Brasiléia (62). No Vale do Juruá, os destaques foram: Rodrigues Alves (207), Feijó (88), Cruzeiro do Sul (84) e Marechal Thaumaturgo (6).


FONTE:NOVO CAGED


Com os dados de abril o estoque dos empregos com carteira assinada do Acre chegou a 89.174, aumento de 10,6% em relação a abril de 2021. O aumento no estoque foi de 8.526 novas contratações.


Rio Branco deteve em abril, 68,3% do estoque. O Vale do Acre (sem Rio Branco) detinha 20% e os 11,7% restantes no Vale do Juruá.


O CAGED não informa a geração de empregos com carteira assinada por setores da economia por municípios. Portanto não temos como analisar o comportamento dos diversos setores da nossa economia por Mesorregião.


Em abril o destaque foi o setor dos serviços que gerou 51% dos empregos, seguido pela Construção Civil (27,7%) e pelo comércio com 15,7%. No acumulado do ano (janeiro a abril), o destaque também é o setor de serviços com 66,2%, seguido pela Construção 32,7% e pelo Setor Industrial (8,0%).  O resultado negativo ficou por contado setor comercial que ainda amarga uma saldo negativo de 192 vagas no ano.


FONTE:NOVO CAGED


Os números do Ministério da Previdência são bons e demonstram uma recuperação nos empregos. Porém, contrastam com os dados do IBGE, publicado no último dia 13/5, através da Pnad Contínua Trimestral, que trata dos números da força de trabalho brasileira desmembrados por unidades da federação. Nela a taxa de desocupação (desemprego) da força de trabalho acreana fechou o primeiro trimestre de 2022 em 14,8%, que representa um aumento de 1,6 ponto percentual (p. p.) em relação ao 4º trimestre de 2021 (13,2%).


Mas os números são bons, principalmente quando observamos setores como o da Construção Civil reagindo.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas.