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Associação repudia fala de advogada que acusou delegada do Caso Nery de agir por interesse

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As declarações da advogada Helane Christina, representante do sargento Erisson Nery no caso da tentativa de homicídio contra o estudante de medicina Flávio Endres, feitas em participação no CipódCast desta semana, retransmitido pelo ac24horas, provocaram reação da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado Acre – Adepol.


Em certo momento do programa, a advogada diz que a delegada Carla Ívane de Britto, que presidiu o inquérito, ocultou partes dos vídeos das câmeras de segurança e atrasou o acesso da defesa ao material probatório: “Me passaram que tinha interesse político, vai se candidatar. Ali seria uma forma de ter holofotes, de aparecer”, afirmou Helane Christina.

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Em nota de repúdio divulgada nesta terça-feira (7), a Adepol diz que a advogada usa como arma de defesa o ataque pessoal aos delegados ao alegar que provas foram encobertas atrasando o acesso da defesa ao caderno investigatório, entre outras afirmações como a de que a delegada Carla Ívane teria motivação política ao atuar de maneira que favorecesse eventual pré-candidatura a cargo eletivo.


“Causa espécie a conduta da nobre causídica que em casos que patrocina de grande repercussão pública usa como arma de defesa o ataque pessoal aos delegados. A despeito de sua função de defensor, não compete ao advogado tentar macular a honra e a dignidade do Delegado de Polícia Civil, que desempenha suas funções, também constitucionais, de investigação criminal”, diz a nota.


Ao ac24horas, a delegada Carla Ívane disse que todos as imagens relacionadas ao caso foram juntadas e disponibilizadas. Ela também afirmou que não apenas os vídeos foram importantes para o indiciamento do investigado, mas também os depoimentos das testemunhas. Nesta terça-feira, ela reafirmou que não houve embaraço ao acesso da defesa ao inquérito e que a sua atuação foi imparcial e buscando a verdade.


“Já houve casos em que sugeri o arquivamento porque não encontrei justa causa para tanto e casos em que a gente encontra os elementos necessários e faz o indiciamento. Se a causídica se sente prejudicada ela deveria procurar os meios legais e não fazer esse tipo de abordagem no afã de realizar a defesa do seu cliente maculando uma classe e atuação dos delegados de polícia”, disse.


Está marcada para a próxima quinta-feira (9) a audiência de instrução e julgamento do processo, quando a Vara Criminal de Epitaciolândia decidirá se o réu irá ou não a júri popular. Na última semana, a defesa de Erisson Nery pediu a suspeição da juíza do caso, Joelma Nogueira, e a instauração de incidente de insanidade mental para o militar, assim como a suspensão do processo.


A íntegra da Nota de Repúdio da Adepol:


A ADEPOL, entidade de classe que congrega os Delegados de Polícia Civil do Estado do Acre, vem se manifestar a respeito da entrevista da advogada Helane Christina, ocorrida nesta segunda-feira (06) no canal YouTube “Na Ponta do Cipó” e divulgado em alguns sites onde suscita parcialidade da Delegada Carla Britto no desempenho de sua função, quando investigou caso do Sargento da Polícia Militar que atirou em um estudante de medicina na cidade de Epitaciolândia/AC.


Não há dúvidas de que a advocacia é um pilar do Estado Democrático de Direito, constituindo em função essencial e indispensável para a promoção e administração da Justiça, de modo que o livre exercício deste mister constitucional é indubitavelmente garantido não somente nas leis como na própria Constituição Federal.


A despeito de sua função de defensor, não compete ao advogado tentar macular a honra e a dignidade do Delegado de Polícia Civil, que desempenha suas funções, também constitucionais, de investigação criminal.


Causa espécie a conduta da nobre causídica que em casos que patrocina de grande repercussão pública usa como arma de defesa o ataque pessoal aos Delegados. Alegar que provas foram encobertas, que atrasou o acesso da defesa ao caderno investigatório, dentre outras ilações perniciosas como a atual pré-candidatura a cargo eletivo é artimanha e ação desesperada


de quem não tem argumentos plausíveis para construção de uma defesa viável ao representado.


A ADEPOL por fim reafirma seu respeito à advocacia acreana, pautada na ética e na urbanidade, onde cada ator desempenha seu papel de maneira respeitosa e leal, contudo rechaça e repudia qualquer tentativa de ataque pessoal ao Delegado, figura pública que desempenha função, na promoção da paz e justiça social.


Rio Branco, 07 de junho de 2022.

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