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Advogada de Nery diz que delegada foi parcial e que vai representar juíza por abuso de poder

Atuando na defesa de acusados em casos recentes de grande repercussão na justiça acreana, como Alan Araújo, condenado pela morte da comerciária Jonhliane Paiva, e o sargento Erisson Nery, acusado de tentar matar o estudante de medicina Flávio Endres, a advogada Helane Christina foi a entrevistada desta segunda-feira (6) no CipódCast, do canal do YouTube Na Ponta do Cipó.


Na conversa com o apresentador La Perucha, a advogada recapitulou o caso anterior, que terminou com a condenação do seu cliente, e afirmou ter certeza de que não foi feita justiça no caso. Para ela, Alan Araújo não foi absolvido para que o outro acusado, Ícaro Pinto, não pudesse ser condenado por homicídio culposo, mas sim por homicídio doloso, como terminou ocorrendo.


Sobre o caso mais recente, e que ainda está em andamento, envolvendo o sargento do “Trisal Acreano”, Helane defendeu que o militar é mais um acusado que está sob o risco de ser condenado injustamente. Para ela, Nery agiu em legítima defesa quando atirou quatro vezes contra o estudante Flávio Endres após uma confusão em um movimentado bar de Epitaciolândia.


Em um momento importante da conversa, a advogada diz que a delegada que presidiu o inquérito, Carla Ívane de Britto, ocultou partes dos vídeos das câmeras de segurança e atrasou o acesso da defesa ao material probatório: “Me passaram que tinha interesse político, vai se candidatar. Ali seria uma forma de ter holofotes, de aparecer”, afirmou Helane Christina.


Em outra parte da entrevista, a advogada reforçou acusações que já havia feito de que a juíza do caso, Joelma Nogueira, da Comarca de Epitaciolândia, onde o processo tramita, também atua de maneira parcial no processo ao negar reiteradamente o que a defesa tem como direitos garantidos de Erisson Nery, como o de ser submetido a exames para avaliar a sua sanidade mental e o de ter acompanhamento psicológico e psiquiátrico.


A advogada, que pelas razões citadas já pediu a suspeição da magistrada no caso, disse que também irá representá-la na Corregedoria Geral da Justiça por abuso de poder. A ação da defesa contra as decisões de primeiro grau será julgada pela Câmara Criminal. Nesta quinta-feira (9), está prevista a realização da audiência de instrução e julgamento da ação penal, quando será decidido se Erisson Nery será submetido ao júri popular.


Confira, a seguir, a edição da semana do CipódCast.



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