O governador Gladson Cameli (Progressistas) voltou a defender nesta sexta-feira, 27, durante entrevista ao Programa Bom dia Amazônia da TV Acre, a Operação Ptolomeu da Polícia Federal – que investiga supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por membros ligados ao governo do Acre.
Na opinião do chefe do executivo acreano, a investigação é necessária para sanar as dúvidas dos órgãos de fiscalização. Após mais de seis meses, Gladson afirma que a operação da PF não lhe trouxe prejuízos. “Não me afetou em nada, os órgãos têm que fiscalizar. Não tenho problemas”, comentou.
Cameli disse ainda que as ilações contra o governo lhe trouxeram mais ânimo para buscar a reeleição ao comando do Palácio Rio Branco por mais 4 anos. “Me deu mais vontade e estou pronto mais do que nunca. Não quero ser governador por mim, mas pela população que achar se eu mereço ou não”, destacou.
Sobre as péssimas condições da estrada da BR-364 – que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul, o gestor informou que o Congresso Nacional deverá aprovar o repasse de R$ 100 milhões para a manutenção do trecho – recursos oriundos de uma brecha no orçamento geral da união. “A BR vem passando por dificuldades em relação a Buracos. Já temos sinalização de quase R$ 100 milhões que deve ser aprovada nos próximos dias. Fui ao Dnit, conversei porque a estrada é nossa e na ocasião coloquei o Deracre a disposição para o tapa buracos. Esse processo vai continuar até que a estrada for reconstituída. Não somos uma Suíça, mas melhoramos muito, compare o que temos e o tínhamos antes”, declarou.
Sobre os recentes números de crimes de feminicídio no Acre, onde a violência contra a mulher tem atingido índices alarmantes no Estado – sendo que de 2018 a 2020 cerca de 98 mulheres foram assassinadas e 37 delas mortas – onde desse total, 60% dos crimes ocorreram dentro das próprias residências, o governador garantiu que busca medidas que visem zerar esses crimes de uma vez por todas no Estado. “O Acre é o Estado que mais mata mulheres no mundo. Eu vou ampliar o número de delegacia para defender as mulheres”, ressaltou.
Gladson citou que, atualmente, considera o desemprego como grande gargalo de sua gestão. Entretanto, adiantou que, em breve, duas grandes empresas devem se instalar no Acre e gerar novos empregos formais. “O grande gargalo é a geração de emprego. Estou realizando uma série de ações e uma delas é soltar as licitações para fomentar a economia. Uma fábrica [não citou nome] deve se instalar em Senador Guiomard em até dois meses”, argumentou.