Os conflitos políticos na cidade de Sena Madureira, distante 143km da capital Rio Branco, subiram à Tribuna da Assembleia Legislativa do Acre nesta terça-feira, 24. O deputado Gerlen Diniz (Progressistas), considerado inimigo número 1 do atual prefeito Mazinho Serafim (Republicanos), usou o seu tempo de discurso para pedir intervenção do Ministério Público do Acre no município afirmando que crimes acontecem no município.
“Há um crime em andamento e peço a intervenção do Ministério Público do Estado: trata-se de um patrimônio público que hoje está avaliado em R$ 3,5 milhões, uma usina de asfalto, dois rolos compactadores e uma máquina terminadora de asfalto que está trabalhando para uma empresa particular. Isso não tem outro nome: é crime. E isso está acontecendo lá em Sena Madureira”, denunciou.
“Não podemos esperar mais. Onde está o Ministério Público Estadual? Nós precisamos da intervenção do MP lá em Sena Madureira. Essa usina foi instalada em terreno particular, sendo que em Sena Madureira existe um parque industrial. Fui informado que continuam pagando aluguel mesmo sem a usina estar lá”, disse o deputado.
Ele denunciou também a questão da poluição ambiental causada pela usina. “Eu fico indignado com esse tipo de coisa”.
O auge da crítica de Gerlen foi quando ele lembrou que a camionete de Mazinho foi detida pela PRF com drogas. “Não estou dizendo que ele é traficante”, disse. Segundo Diniz, Mazinho usa a prefeitura como se a casa dele fosse e chamou novamente a atenção para o custo de R$1 mil diários da usina operada por particulares.
A esposa do prefeito, a deputada Meire Serafim (Republicanos) usou a tribuna para rebater, lendo uma nota, o discurso sobre a usina de asfalto.
“Esclareço que há algumas sessões o deputado Gerlen veio de forma equivocada criticar como se a concessão da usina fosse coisa ruim. O custo da usina é de R$ 25 mil ao mês, dinheiro que a prefeitura não possui. Com a concessão, a prefeitura recebe da empresa cerca de R$ 50 mil em asfalto mensalmente”, disse.
Chorando, a deputada esclareceu a citada apreensão da camioneta de seu marido. “Eu estava na camionete e o motorista era investigado, mas nós não sabíamos disso”, afirmou a parlamentar emocionada.
“É crime também acusar sem ter provas”, disse Meire referindo-se à Diniz. “O motorista foi preso e confessou que colocou a droga no veículo. É crime acusar e difamar as famílias”, encerrou Meire.
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