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Em 1ª reunião, campanha de Lula avalia possibilidade de ganhar no 1º turno

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A coordenação da pré-campanha do ex-presidente Lula (PT) à Presidência da República realizou hoje (23) a primeira reunião com a presença dos sete partidos da coligação. Na pauta, com base em pesquisas eleitorais, o grupo avalia a possibilidade de expansão da aliança, com o objetivo de ganhar no primeiro turno.


Na reunião, iniciada pela manhã em um hotel na região da Avenida Paulista, em São Paulo, com Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice, ocorreu mais uma análise de conjuntura política, com a exposição do compilado de pesquisas até o momento, feito pelo economista Marcos Coimbra, e a avaliação de cada partido.


Participaram os dois pré-candidatos, os presidentes partidários, dois representantes de cada sigla, entre outras lideranças, como os líderes do PT no Senado, Paulo Rocha (PT-PA), e na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).


O diagnóstico é que ainda é possível vencer no primeiro turno, porém a margem é muito apertada. Com base em pesquisas internas e externas de nove institutos, o grupo chegou a três pontos:


Estabilidade inédita de Lula na faixa dos 40% a 42%;


Consolidação dos votos em dois candidatos (Lula e o presidente Jair Bolsonaro);


Tendência de consolidação da eleição no primeiro turno.


De acordo com o agregador de pesquisas UOL, a diferença atual entre os dois é de 12 pontos percentuais.


“Vai ser uma eleição muito disputada, vai ser dura. Sabemos como eles jogam, com as fake news. Trabalhamos com a ampliação desse novo movimento. Procurarmos não só outros partidos como outras lideranças políticas. Todo mundo convencido que temos de ampliar esse nosso movimento”, afirmou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido de Lula, em coletiva após a reunião.


O grupo vê como praticamente impossível o surgimento ou crescimento de um nome em torno da chamada terceira via e a possibilidade de uma vitória já no início de outubro.


A avaliação é que, como Lula, Bolsonaro também teria chegado ao seu teto, após uma alta com a desistência do ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), e que o petista tem mais potencial para conseguir votos dos indecisos e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que rejeita e até debocha de uma possível desistência em prol do PT.


“A frente [em torno de Lula] já está neste sentido [união], o apelo que temos de fazer é com as principais forças democráticas. Temos que respeitar todas as candidaturas, sobretudo a de Ciro —e não só, dialogaria também com a de Simone Tebet [MDB]. Temos uma circunstância que não é simples. Temos que sentar na mesa com todas”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), antes de entrar na reunião.


O grupo se reunia no momento em que o ex-governador paulista João Doria (PSDB) retirou sua pré-candidatura. Com isso, a aliança entre PSDB, Cidadania e MDB deverá se voltar a Tebet. Segundo interlocutores, nenhum dos presentes, incluindo Alckmin e o ex-governador Márcio França (PSB-SP), desafetos do tucano, tiveram reação nem apresentaram muita preocupação sobre possíveis efeitos da desistência do tucano.


Conversas com Avante, Pros, PSD e outros nomes

No encontro, os presidentes partidários se mostraram empolgados com a possível vitória, mas disseram que ainda é preciso se movimentar.


“Minha função é ampliar aliança, tentar fazer com que a gente fale com outras pessoas que não estão ainda nesta aliança. Continuar trabalhando nestes dois meses que faltam para a gente fazer essas convenções”, afirmou o deputado Paulinho da Força (SD-SP).


Entre as possíveis alianças, Gleisi citou conversas com Avante, Pros, que já compôs chapa com o PT, e ainda quer outros nomes.


“Temos conversado muito com PSD, com o [ex-ministro Gilberto] Kassab diretamente, e para fechar alianças nos estados. Não sei se conseguimos no primeiro turno diretamente”, afirmou a presidente petista, que também citou conversas com lideranças do MDB no Nordeste.


Agora à tarde, já sem a presença dos pré-candidatos, deverá ocorrer uma reunião mais técnica, de trabalho, para debater as áreas de comunicação, mobilização, agenda, finanças e plano de governo. Também deverão ser definidos os coordenadores de cada núcleo.


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