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Defesa de Alan rebate promotor Efrain: críticas a inquérito são fruto da análise do processo

Por
Raimari Cardoso

A defesa do réu Alan Araújo de Lima, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) pela morte de Jonhliane Paiva de Souza junto com Ícaro José da Silva Pinto, voltou a se manifestar sobre o assunto em resposta a posicionamentos do promotor do caso, Efrain Mendoza.


De acordo com os advogados Helane Christina e Carlos Venícius, as críticas feitas à investigação policial não decorrem do fato de ela não interessar aos objetivos da defesa, como respondeu o promotor à afirmação anterior da defesa de que o inquérito teria sido mal feito, parcial e seletivo, mas sim fruto da análise detida do processo.


Os advogados destacaram que quando a acusação fala de cálculos matemáticos e da velocidade do veículo que atingiu a vítima, ele não menciona que o carro não era dirigido por Alan Lima, mas por Ícaro Pinto.


“O carro conduzido por Alan trafegava na suposta velocidade de 87 km/h na avenida Antônio da Rocha Viana na pista à esquerda, tendo a vítima sido atingida por outro veículo na pista à direita”, afirma.


Quanto à afirmação do promotor de que “não cabe bem em lugar nenhum difamar e, pior, caluniar um funcionário público”, os juristas concluíram que dessa afirmação entende-se que os advogados também passaram a condição de criminosos simplesmente por criticarem o trabalho policial, a partir de um ponto de vista da defesa.


“A rapidez com que o promotor público declara que alguém é criminoso, como no presente caso, embora traga preocupação, não chega a causar espanto, até porque isso também aconteceu com Alan (a primeira denúncia do promotor contra Alan pediu sua condenação em 5 crimes e hoje ele responde apenas 1. Esses crimes foram caindo um a um a partir do trabalho da defesa”, acrescentaram.


Helane Christina e Carlos Venícius pretendem separar perante o Conselho de Sentença a conduta de Alan e Ícaro com relação aos fatos que levaram ao acidente que tirou a vida de Jonhliane. Para ele, os dois não podem ser julgados como se tivessem cometido o mesmo crime


“Analisando as declarações das autoridades vê-se que se tenta vender a sociedade de que Alan e Ícaro são as mesmas pessoas, praticaram os mesmos fatos e, portanto, devem ser julgados de forma conjunta. O objetivo disso é claro: negar ao Alan o direito de ser julgado de forma individualizada”, concluíram.


Na última quinta-feira (12), o promotor Efrain Mendoza contestou a defesa de Alan, afirmando que a investigação policial, ao contrário do que disse a defesa de Alan, foi imparcial e bem dirigida. Ele também afirmou que “não cai bem em lugar nenhum difamar e, pior, caluniar um funcionário público”.


Para o promotor, o laudo de local do crime demonstra claramente que os acusados estavam disputando uma corrida ilegal de carros potentes (racha) na movimentada avenida Antônio da Rocha Viana, vindo um dos veículos a bater na motocicleta que era pilotada pela vítima, lançando-a a dezenas de metros, provocando sua morte.


A dúvida a respeito de ter ou não havido o racha, como denuncia o MP, foi a grande razão para o caso ir a júri popular e será o principal ponto de discussão no decorrer dos debates entre as equipes de defesa e acusação. Esse suposto fato também será fundamental para o resultado do julgamento, que estará nas mãos de sete pessoas da sociedade.


Marcado para terça (17) e quarta-feira (18) da próxima semana, o julgamento promete ser um dos mais movimentados dos últimos tempos na capital acreana. A repercussão do caso fará com que a sessão seja muito concorrida e para se ter acesso ao júri será necessário cadastramento, tanto para familiares da vítima e dos acusados quanto para a imprensa e o público em geral.


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Raimari Cardoso

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