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Promotor diz que defesa de Alan Araújo difama delegado

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O promotor de justiça Efrain Enrique Mendoza Mendivil Filho, da 6ª Promotoria Criminal, que acompanha o Caso Jonhliane, cujos acusados, Ícaro José da Silva Pinto e Alan Araújo de Lima, vão a júri popular na próxima semana, se manifestou com relação a declarações dadas ao ac24horas pela defesa do segundo réu sobre o andamento da ação penal.


Em entrevista concedida ao jornal nesta quarta-feira (11), os advogados Helane Christina da Rocha Silva e Carlos Venícius Ferreira Ribeiro afirmaram que o trabalho de investigação policial foi mal feito e realizado de maneira tendenciosa e seletiva, o que, segundo eles, criou obstáculos ao direito de defesa dos acusados.

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O representante do Ministério Público respondeu que o posicionamento dos advogados sobre a investigação policial ocorre pelo fato de o que está contido no inquérito não interessar aos objetivos da defesa. Para ele, o trabalho da polícia foi bem dirigido, imparcial e de forma alguma seletivo.


“Os cálculos matemáticos revelaram que o veículo que colidiu contra a vítima trafegava a uma velocidade de 150 km/h. Se a defesa entende que a investigação foi mal feita, parcial, seletiva, vergonhosa etc., é porque ela não lhe aproveita. Não se atira pedras em árvores que não dão frutos, pertinente lembrar esse dito popular. Não cai bem em lugar nenhum difamar e, pior, caluniar um funcionário público”, afirmou.


De acordo com Efrain Mendoza, o que mais embasou a denúncia do Ministério Público contra os dois acusados foi o laudo pericial e não os depoimentos das testemunhas. Segundo ele, o trabalho pericial foi um dos mais bem feitos que viu e que as declarações das testemunhas apenas ilustraram o que mostra a peça probatória.


“Principalmente, tendo em vista que o trabalho foi realizado pelo Instituto de Criminalística, órgão independente, que não sofre nenhuma influência de qualquer autoridade, o qual elaborou laudo de local do crime, no qual se demonstra claramente que os acusados estavam disputando uma corrida ilegal de carros potentes”, disse o promotor.


O promotor também fez referência ao trabalho do delegado responsável pelo inquérito, Alex Danny. “O delegado que presidiu a investigação é pessoa honrada, pai de família e que trabalha duro na Segurança Pública do Estado”.


O fiscal da lei também comentou a relação que a advogada Helane Christina fez do Caso Jonhliane com outros em que os responsáveis não respondem presos aos processos como ocorre com Ícaro e Alan. Segundo ele, não se pode comparar casos quando suas circunstâncias são diferentes.


“No que concerne a outros casos que tratam sobre vítimas de trânsito, infelizmente muito frequentes em nosso estado, é importante esclarecer se suas circunstâncias apontam para a presença do dolo eventual, como ocorre em crimes envolvendo manobras arriscadas, dentre elas o emprego excessivo de velocidade em vias movimentadas e as disputas ilegais, crime de racha, já estando sedimentado nos tribunais superiores que se trata de crime de homicídio doloso”, pontuou.


O que disse o delegado do caso

O ac24horas também ouviu o delegado do caso, Alex Danny, acusado pelos defensores do réu Alan Lima de ser parcial na condução do inquérito policial. Ele disse que “o advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia”.


O delegado também afirmou que “em um Estado Democrático de Direito, cada entidade deve procurar o bem cumprir no exercício da sua função e se preocupar apenas em ver a Justiça ser materializada”.

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“Mais do que procurar capa de matéria jornalística a fim de obter a promoção pessoal, acredito que é dever do advogado exercer seu trabalho com zelo dentro dos autos a fim de lograr êxito na absolvição de seu cliente”, ressaltou.


Quanto à instituição Polícia Civil, o delegado afirmou que “ela é uma polícia de Estado e garantidora de direitos que não está vinculada a qualquer pessoa, mas sim a fatos, portanto merecedora de respeito”.


“Se tudo que a defesa tem neste caso é tão meramente atacar a credibilidade de um trabalho feito ao custo do suor de tantos servidores públicos, pessoalmente eu só tenho a desejar muito sucesso e paz aos nobres causídicos”, concluiu.


A defesa de Ícaro Pinto

A reportagem tentou manter contato com os advogados do acusado Ícaro José da Silva Pinto, mas não obteve êxito até o fechamento desta publicação. Os advogados Sanderson Silva de Moura e José Denis Moura, que defendiam o réu, tiveram a renúncia do caso homologada pelo juiz Alesson Braz no último dia 27 de abril. Seguem na defesa dele, os advogados Luiz Carlos da Silva Neto e Geovane Veras Pessoa, segundo consta no processo.


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