“Um simples registro policial feito pela própria vítima com o pedido de medida protetiva poderia ter evitado essa tragédia. Ela deixou de comparecer à Delegacia de Polícia, já que com o registro, fatalmente o ex-namorado seria demitido”.
A declaração é do delegado Diones de Lucas, da Delegacia Geral de Polícia de Acrelândia, responsável em apurar do assassinado de Tatiana de Lima Néri, de 33 anos, e o suicídio do segurança Kennedy de Souza Fontenele, de 26, ocorridos na manhã de segunda-feira (2) no interior da agência do Sicredi, onde ambos trabalhavam. Ela era gerente da agência.
Desde que o casal se separou, por decisão da jovem, que Kennedy insistia com o reatamento do namoro, e como não era correspondido por Tatiana, passou a ameaçá-la. Por ser uma das gerentes da Cooperativa de Crédito na qual ambos trabalhavam, temia pela demissão do ex-namorado caso o denunciasse.
Na sexta-feira (29), Tatiana teria procurado o Centro Integrado de Segurança Pública e foi aconselhada a procurar a Delegacia de Polícia Civil, que fica ao lado, para fazer o registro e ser beneficiada com uma medida protetiva. Preferiu o silêncio para não prejudicar Kennedy.
Se ela tivesse feito o registro, poderia ter evitado a tragédia, já que nesse caso o acusado seria obrigado a ficar 300 metros longe da denunciante e, obviamente, não poderia usar armas.
“Infelizmente ela o protegeu evitando sua demissão; ele não. Na segunda-feira veio a tragédia que abalou a cidade”, concluiu o delegado.
Tatiana e Kennedy serão sepultados nesta terça-feira (3).
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