Ao que parece o retorno do médico veterinário Edivan Maciel para a Secretaria de Produção e Agronegócio não convenceu o grupo liderado pelos pecuaristas Jorge Moura e Fernando Zamora a desistir de concorrer nas eleições de 2022 como pré-candidatos ao governo e senado, respectivamente. Neste domingo, 24, o empresário Fernando Lage divulgou comunicado em grupos de WhatsApp afirmando que recebeu um convite para ser pré-candidato a vice na chapa da dupla. Os três estão filiados ao PRTB e trabalham para formar coligação com o PMN e PSC.
“Tenho a grata satisfação de comunicar ao estimado grupo, que fui convidado e aceitei, com muita honra e responsabilidade, o desafio de ser o pré-candidato a vice Governador do Acre, tendo como titular da chapa, o Sr. Jorge José de Moura, com o Sr. Fernando Zamora, como pré-candidato a senador da República, para juntos honramos as famílias Acreanas, a Agropecuária, o agronegócio, a Indústria, o Comércio e Serviços, do nosso querido Acre”, disse o empresário em mensagem divulgada.
Questionado se a ida do Edivan não contemplaria o agronegócio com representatividade no governo de Gladson, Lage foi direto ao ponto: “o grupo do Edivan é um grupo da Federação, dependente de Governos, qualquer Governo, de esquerda, direita ou centro. Nosso grupo é do Agronegócio, não somos federalizados”, frisou.
No dia em que foi nomeado para o cargo de secretário, Edivan informou ao ac24horas que sua entrada no governo foi a um pedido do governador Gladson Cameli e não escondeu o apoio da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), presidida pelo também pecuarista Assuero Veronez. Questionando se sua entrada seria uma sinalização de apoio massivo do setor do agronegócio, o novo gestor apenas disse que “isso poderia render apoios”, mas sem destacar se seriam em massa ou não.
Nos bastidores, a informação que circula é que o grupo que corresponde a Faeac não é unanimidade no meio do agro, tanto que não se chegou a cogitar desistência de candidaturas. A escolha de Edivan é apontada por alguns setores até mesmo como motivo de acirramento entre fazendeiros.