O GOVERNADOR Gladson Cameli tinha em seu palanque de 2018, quando disputou o governo, figuras expressivas e de votos, como o senador Sérgio Petecão (PSD), deputada federal Mara Rocha (MDB), vice-governador Major Rocha (MDB), ex-prefeito Vagner Sales (MDB), deputada federal Jéssica Sales (MDB), deputada Antonia Sales (MDB), deputada federal Vanda Milani (PROS) e o deputado federal Flaviano Melo.
Integrantes de partidos estruturados em todos os municípios. Todos hoje são adversários. Não é como perder o apoio do ex-vereador Cabide. Essas defecções pesam muito numa eleição majoritária. O Gladson é dono de um carisma que contagia, espalha simpatia aonde chega, mas nas disputas majoritárias, cada voto varrido para fora, vale por dois.
Não duvido que o governador Gladson Cameli entre na campanha como favorito para liderar a corrida ao Palácio Rio Branco. Mas, também, não me arrisco muito em afirmar que, pelo potencial de cada adversário que vai lhe enfrentar, tudo indica que a eleição ao governo não será decidida em primeiro turno.
É natural que os seus adversários cresçam nas pesquisas durante o desenrolar da campanha, por isso, não acompanho o otimismo dos que acham que o governador Gladson Cameli está eleito. Até porque os times não entraram ainda em campo. As luzes dos refletores nem foram ainda acesas. O jogo não começou. E, a política não é uma ciência exata, é movida pelos ventos do imponderável. E, o imponderável costuma pregar peças. E, como costuma!
BATALHA JURÍDICA
O DEPUTADO Luiz Gonzaga (PSDB) vai ter de enfrentar mesmo uma batalha judicial, se quiser disputar a reeleição pelo PSDB. A direção regional meteu a chave na porta e decidiu que, não lhe dará legenda, sob argumento que o mandato pertence ao partido; e que, a convenção regional é soberana para montar as chapas para estadual.
AÇÃO ENTRE AMIGOS
O EX-DEPUTADO Ney Amorim (PODEMOS) se acertou com o governo e não disputará um mandato de governador. Na verdade, nunca foi usado como arma, para se estruturar e disputar vaga de deputado federal.
JANELA ABERTA
O EX-SENADOR Jorge Viana (PT) vai anunciar na primeira semana de maio que disputará o Senado, mas deixará a porta aberta para recuar e disputar o governo, se algum ponto fora da curva acontecer com o governador Gladson. Uma forma de não desencantar os que o querem candidato ao governo.
VALE A CARTA QUE TIVER
UM CANDIDATO desconhecido do eleitor, pode se eleger deputado estadual ou deputado federal? Claro que pode. Numa eleição proporcional, tendo um bom coordenador de campanha e estrutura financeira para montar alianças nos municípios, vai no embalo, ora, pois! Vale a carta.
NÃO ACONTECEU
HAVIA ontem toda uma expectativa sobre o julgamento dos recursos impetrados pelos advogados do governador Gladson, pedindo a nulidade do processo movido contra ele, por supostos atos de corrupção. Ficou para maio.
VALEU A PRESSÃO
NÃO FOSSE a pressão firme do SINTEAC, o prefeito Tião Bocalom jamais teria chegado aos números satisfatórios que deu, no reajuste salarial dos servidores municipais.
SALVAÇÃO DA LAVOURA
SE NÃO houvesse a atuação centrada, conciliadora, do ex-chefe do gabinete civil, Rômulo Grandidier, na articulação política do Gladson, o restante da sua base de apoio já teria sido detonada. É a observação que ouço no meio político.
NÃO É DO RAMO
A SENADORA Mailza Gomes (PP) esteve nas campanhas do ex-marido James Gomes, mas nunca viveu a realidade cruel dos bastidores políticos. Por isso, foi enganada na boa-fé. Na política, só se vale pelo mal que pode causar.
APANHANDO POR UNANIMIDADE
NÃO GOSTO de programas policiais. Mas, assisti por duas vezes o programa GAZETA ALERTA, apresentado pelo colega Astério Moreira. Num quadro que dá voz aos reclamos da comunidade, os vídeos enviados foram de cabo a rabo de pauleira na gestão do prefeito Bocalom.
NÃO CONSEGUE COMUNICAR
O PROBLEMA do Bocalom é que, até os pontos positivos, como baixar o preço da passagem de ônibus, o alto reajuste salarial do funcionalismo, consegue fazer chegar à opinião pública. Fica apenas na bolha que o cerca.
NA FILA DE ESPERA
O DEPUTADO José Bestene (PP) está com o filho e vereador Samir Bestene (PP) em stand by, para disputar uma vaga de deputado federal. Caso o Alysson Bestene entre no jogo de vice, a candidatura do Samir é certa.
NÃO DÁ PREGO SEM ESTOPA
CONHEÇO poucos políticos habilidosos como o deputado Luiz Tchê (PDT). Navegou em generosos espaços nas gestões do PT, e no governo atual conseguiu emplacar a nora na secretaria de meio ambiente de porteira fechada.
ENCANTADOR DE SERPENTES
O EX-DEPUTADO federal João Correia (MDB) nominou, certa vez, o senador Márcio Bittar (União Brasil) de “encantador de serpentes”. Faz sentido! Pegou dois partidos inexpressivos no estado, REPUBLICANOS e União Brasil, e conseguiu montar as duas chapas mais fortes para a Câmara Federal, entre todos os partidos.
QUATRO ASAS
O SENADOR Márcio Bittar (União BRASIL) diz ter uma composição na cabeça que poderá levar de novo o MDB a apoiar a reeleição do Gladson. Dizem que, na política até boi voa, mas esse boi do Márcio terá que ter quatro asas.
NOMES NA MANGA
O EX-PREFEITO Vagner Sales (MDB) diz ter um nome na manga para lançar candidato a deputado estadual; se a mulher deputada Antonia Sales (MDB), sair para Federal; e um nome para Federal, se ela sair para a reeleição.
FICOU NO NOME
COM a debandada que o senador Márcio Bittar (União Brasil) promoveu no PTB, levando seus candidatos para o PL, o PTB, no estado, ficou praticamente no nome.
ACRE REAL
DADOS mostram que no estado existem mais pessoas cadastradas no programa Auxílio Brasil do que pessoas com empregos fixos. Esse é o Acre real, que continua como no tempo de Território Federal, dependente das migalhas dos repasses enviados pela União.
PEGANDO FOGO
A TEMPERATURA ferve entre os Delegados de Polícia.
SERVENTIA DA CASA
A NOMEAÇÃO da nora do deputado Tchê (PDT) para a secretaria de meio ambiente, foi um recado político do governador Gladson, para a deputada federal Vanda Milani, na base do: A porta de saída, é a serventia da casa. O Gladson já estava entalado com os Milani.
COMO DIZIAM OS SERINGUEIROS
VEJO muitos candidatos a deputado federal fazendo projeções de votos em torno de 30 e 35 mil votos. Como diziam os seringueiros, quando doentes estavam delirando, com a febre de malária: Estão “tresvaliando”.
TERIAM UM CANDIDATO
CONVERSANDO ontem com um amigo experiente em campanhas políticas, este fez uma observação que concordo: “O PT está na Jorge Viana dependência porque não investiu no Marcus Alexandre para se manter em projeção, depois da sua derrota ao governo. Seria hoje um candidato com mais peso que os atuais da oposição.”
ZEROU DE VEZ
DEPOIS do espaço conquistado pelo deputado Tchê no governo, zerou de vez a possibilidade da vereadora Michelle Melo (PDT) disputar o governo. Terá que se contentar em sair para Federal e apoiar o Gladson.
FAIXA MAIS
FALA-SE muito no voto evangélico. A grande maioria dos evangélicos é das classes C e D, que são onde se concentram as pessoas de baixo poder aquisitivo, e como tal mais fáceis de serem cooptadas pelo poder financeiro dos candidatos que não são evangélicos. É a verdade.
FRASE MARCANTE
“Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo”. Papa Francisco.
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