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Bittar sinaliza rompimento com Gladson e não descarta lançar Alan Rick ao governo

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Marcos Venicios

O senador Márcio Bittar (União Brasil) afirmou na tarde desta quinta-feira, 21, feriado do dia de Tiradentes, durante entrevista ao Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, que existem pessoas dentro do governo de Gladson Cameli que não o querem por perto. O parlamentar, que foi o relator do orçamento deste ano, afirmou que a exoneração de Nenê Junqueira do cargo de secretário de Produção e Agronegócio não foi conversada com ele.


“Não conversaram comigo. Eu liguei para o Gladson e o Jonathan Donadoni e não me atenderam, mas tudo bem, também não vou atrás”, disse o senador em tom de irritação durante a entrevista.


Bittar revelou que o novo secretário da Sepa, Edivan Maciel, estava filiado no PL, na chapa para deputado federal, mas ao ser convidado por Gladson, acabou desfalcando a chapa federal do presidente Jair Bolsonaro no Acre. “ Quero deixar claro, tanto o Nenê, que é como se fosse um irmão mais novo meu, e o Edvan, quero dizer que conheço os dois. Mas veja bem, o Edivan se filiou ao PL a convite meu no partido do presidente Bolsonaro. Na reta final eu me esforcei, o presidente da república tirou o PL da deputada Mara Rocha num gesto que eu mesmo fui a Brasília dizer para o Flávio Bolsonaro que não precisava fazer. Se quiserem acreditar, acreditem. Eu fui dizer isso a ele: não faça isso. A Márcia vai para o União Brasil, o PL tem a deputada federal mais votada do Acre, a irmã do vice-governador, vai lá o Flávio Bolsonaro, chega no Valdemar Maciel e tira o partido a Mara, aí eu tento trabalhar para suprir isso na montagem da chapa. Ai esse governo que não fala comigo, eu acho que foi uma falta de respeito comigo, e agora tá criando problema com o Israel Milani, com a Vanda. Tem hora que eu sinto que o governo não me quer”, relatou.


Descontente com as mudanças no governo Cameli, Bittar afirmou que já conversou com o governador e falou que somente ele seria o responsável se caso ele não estivesse em seu palanque em 2022. “Eu já disse para o Gladson, se eu não estiver em seu palanque em 2022, escreva, só tem um responsável, você mesmo. Tirar um cara do PL, põe numa secretaria sem ao menos me dar uma ligação. O Gladson não me atendeu, nem o Jonathan Donadoni, mas tudo bem, também não vou atrás”, frisou.


O senador pela União Brasil ainda revelou que existem pessoas dentro do governo de Cameli que ficam dizendo que ele fica conspirando contra Gladson. “Estou cansado de ouvir de pessoas do governo que eu ajudo, ficam dizendo que eu fico conspirando quando saiu aquela coisa da Operação Ptolomeu, que eu poderia estar por trás daquilo com o Rocha. Eu sou um cara , se eu tiver uma denuncia, o Jorge Viana veio aqui falou uma coisa e eu respondi a ele e ele está respondendo na justiça. Não faço nada escondido. Eu trabalhei 12 anos para ser governador e não deu certo. Hoje isso saiu de dentro de mim. Não trabalho para isso. Tem horas que parece que o governo que eu ajudo parece que é ele que não me quer”, desabafou.


Questionado se teria um plano caso o rompimento com o governador Gladson Cameli, Bittar afirmou que tem até o plano C. “Um homem na vida nunca pode ter apenas um plano, eu tenho até o plano C. Qualquer saída, não pode ser apenas do Marcio, eu nao ando sozinho , quando eu pensei que nao ia mais comandar partido, quando eu fiz há 20 anos, isso cansa, mas Deus é quem manda. No fim eu sei que quem decide é Deus. Vou conversar com todos os amigos, se tiver que passar pelo Plano B, vou conversar com todo mundo. Eu venho ajudando, ajudando, e não falta gente no governo dizendo que o Márcio quer isso, quer aquilo. Eu acho que tem gente que não me quer mesmo”, finalizou.


O ac24horas procurou Bittar para perguntá-lo se existe a possibilidade de ele se lançar candidato ao governo. Mesmo aparentando chateação, voltou a dizer que sempre trabalhou com uma única certeza: a reeleição de Gladson. E concluiu: “agora o que eu sinto é que eles [grupo de Gladson] não me quer por perto, não me quer no governo, me tratam como inimigo… é preciso reunir o nosso grupo e decidir que caminho tomar”, disse.


Ao final das declarações, a reportagem de ac24horas insistiu numa pergunta de uma candidatura alternativa: – Sendo a sua ex-esposa Márcia Bittar pré-candidata ao senado o senhor aceitaria uma candidatura alternativa, tipo a do deputado federal Alan Rick?


“E quem não queria? Se ele quiser tenho certeza de que seria uma boa opção. Eu mesmo me encarregaria de construir essa candidatura junto à executiva nacional do União Brasil. Mas depende da vontade dele. De minha parte eu toparia com certeza”, disse.


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