O Policial Federal Décio Pereira foi convidado na última quinta-feira, 14, a falar sobre suas experiências ao longo de sua trajetória como federal, em um podcast chamado Fala Glauber Podcast, que é especializado na atividade policial.
Décio contou que um dos momentos que mais marcou sua carreira foi o julgamento do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, condenado por diversos crimes ligados ao esquadrão da morte no Acre.
O Policial Federal conta que participou de um dos julgamentos, a partir de 2005, realizados em Brasília que acusavam o ex-parlamentar federal, ex-deputado estadual de ex-comandante da PM no Acre, de chefiar o esquadrão da morte.
“Iam fazer o julgamento dele lá no Acre, mas disseram, bicho, se fizerem o julgamento dele lá ninguém vai ter coragem de condenar, o júri não tem coragem de condenar ele. Por isso fizeram um desaforamento e trouxeram para Brasília. Foi a primeira vez que teve um júri federal e por isso ficou para a história”, conta Décio.
O Policial Federal lembrou de detalhes do julgamento, principalmente dos relatos das mortes do mecânico Agilson Firmino dos Santos, conhecido como Baiano, que ficou conhecido nacionalmente como “crime da motoserra”. O filho de Baiano, 13 anos, também foi morto por não saber o paradeiro do pai.
“O que me marcou foi o depoimento da testemunha chave de acusação. O Procurador da República era o Pedro Taques, que engolia os advogados do Hildebrando Pascoal no júri. O cara que delatou todo o esquema era do bando. Ele foi contar como mataram um garoto filho do Baiano, que é o cara que o Hildebrando serrou. Pegaram o menino e o torturaram para dizer onde o pai estava. Não vale a pena contar o tanto de maldade que fizeram com o garoto. O cara que dava o depoimento começou a chorar e aí o Pedro Taques disse. não precisa vir com teatrinho para cima de mim não que eu sei que você não é boa bisca”, afirma o Décio.
O Federal continua com o relato durante a entrevista. “O senhor me desculpe, mas eu chorei, nessa hora eu até me arrepio, porque o Hildebrando estava assim há dois metros e eu estava atrás dele. A testemunha continuou dizendo, eu fiquei emocionado porque hoje tenho um filho de 14 anos e essas pessoas são capazes de fazer isso com o meu filho e olhou para o Hildebrando que só ficava de cabeça baixa e braço cruzado. Na hora que ele falou isso, o Hildebrando levantou a cabeça e deu uma encarada no cara. Só que o filho do Hildebrando estava na primeira fila assistindo ao julgamento. Aí, a testemunha de acusação olhou assim pra trás e disse, mas eles não vão fazer nada porque eles também têm filhos. Ameaçou na frente da porra toda”, conta Décio.
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