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Ação com duas mortes em Brasiléia teve ajuda da polícia boliviana

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Mesmo sem números oficiais, é possível se afirmar que a presença da força-tarefa da Segurança Pública acreana em Brasiléia e Epitaciolândia nos últimos 20 dias é a maior já feita na região até o momento no combate ao crime organizado que impôs ao núcleo urbano que se soma à vizinha Cobija, no lado boliviano, um clima de medo e insegurança.


A mobilização das forças que compõem o Sistema de Segurança Pública do Acre (Sisp) aconteceu na virada de março para abril, quando a escalada de violência na região já resultava em cerca de 10 assassinatos consumados com características de execução e outros tantos tentados. A situação se agravava diante da negativa da Secretaria de Segurança quanto a uma guerra de facções.

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Posteriormente à medida de reforçar a segurança na fronteira e afirmar ações parecidas em outros pontos do estado, o secretário de Segurança Pública do Acre, o coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos, admitiu que há ações de organizações criminosas em vários pontos do estado e afirmou que seu posicionamento foi mal interpretado em reportagens jornalísticas sobre o assunto.


Pelo sim, pelo não, um aparato policial envolvendo tanto um trabalho de repressão quanto de inteligência foi enviado pela cúpula da segurança no estado para o local onde o noticiado retorno do confronto entre grupos criminosos se manifestou mais sangrento, exatamente na fronteira acreana, onde a fiscalização no trânsito entre Brasil e Bolívia é desde sempre negligenciada.


O ponto alto da operação mobilizada na região para conter o avanço da violência e tentar frear a onda de homicídios que passaram a ocorrer em uma sequência talvez nunca vista nos dois municípios acreanos se deu neste sábado (16), quando o trabalho de inteligência localizou três suspeitos de envolvimento nos últimos episódios de matança em Brasiléia e Epitaciolândia.


Encurralados por um cerco que contou com o empenho de vários grupos especiais da Polícia Militar, além do 5º Batalhão de Brasiléia, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e do Ciopaer, e ainda com o suporte de autoridades policiais de Cobija, os suspeitos entraram em confronto com as forças e dois morreram.


Os dois suspeitos mortos neste sábado foram identificados como Raimundo Castro de Oliveira e Sérgio Manoel Gadelha da Silva, ambos de idade inicialmente não informada. O terceiro envolvido conseguiu se evadir da casa onde foram localizados pelo serviço de inteligência antes da chegada da polícia. Os que ficaram, receberam os policiais a tiros.


Segundo as investigações que estão em andamento, os dois mortos estavam envolvidos diretamente nas mortes que vêm sendo registradas desde o mês de fevereiro passado. Horas depois da ação, o tenente-coronel Sandro Oliveira, da PM, afirmou que a resposta dos policiais que resultou nas mortes dos suspeitos foi proporcional e ocorreu dentro dos limites da legalidade.


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