Um grupo de indígenas participam durante toda esta segunda-feira, 11, de uma mobilização contra a chamada “agenda anti-indígena” composta pelo julgamento do Marco Temporal e por projetos de lei que liberam a exploração de terras, o licenciamento ambiental e o uso de agrotóxicos.
O evento chamado de Acampamento Terra Livre no Acre – 2022, acontece até a quarta-feira, 13, com uma programação de diversas palestras, mesas e apresentações culturais.
Hoje, iniciou às 9h na Universidade Federal do Acre (Ufac), passou pela Funai, no Ministério Público Federal e seguirão para o Palácio do Governo onde irão montar acampamento.
A iniciativa também acontece paralelamente em Brasília, com marcha desfavorável as medidas que dificultam a demarcação de terras e facilitam a mineração e o garimpo.
Segundo Nedina Yawanawa, coordenadora da Organização de Mulheres Indígenas do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia, essa mobilização é um repúdio a todos os projetos que estão ameaçando os direitos já garantidos na constituição, principalmente pela pressa do governo em aprovar leis que vem desmatando e explorando as terras indígenas.
“Estamos aqui para mostrar para a sociedade acreana e brasileira que temos o direito de manter as nossas vidas nos lugares que sempre foram nossos, de usar nossas terras com respeito, em conexão com os seres da Natureza. Nosso sentimento é de tristeza e de muita preocupação”, disse.
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