O governo do Acre errou ao enviar uma tabela que tratava do valor dos plantões dos servidores da Secretaria de Saúde e Fundação Hospitalar do Acre. A proposta tinha um valor inferior ao que atualmente é pago e os deputados estaduais aprovaram a proposta por unanimidade na semana passada. Ocorre que o erro foi detectado e dominou o debate do poder legislativo nesta terça-feira, 5. O Palácio Rio Branco enviou um novo PL corrigindo o que foi aprovado na casa.
Primeiro a tocar no assunto, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) atenta para correção em plantões da Saúde. “Agora o que é preciso fazer é corrigir o lapso ocorrido. Esse é um tema que precisa ser corrigido”, disse, observando que um outro PL corrige tabela que diminui o valor padrão dos plantões na Saúde.
Já o deputado Jenilson Leite (PSB) desconfia dos erros do governo nos PLs da Saúde: “os erros só são para diminuir nunca para aumentar”. “Ao invés de melhorar, piorou porque diminuiu o valor dos plantões noturnos e feriados”, disse. “O incrível é que os erros só ocorrem para abaixar. Para aumentar não ocorrem”. Para ele, a luta dos servidores nunca foi fácil e as conquistas sempre se deram através da mobilização e coragem das categorias.
A deputada Antônia Sales (MDB) disse nesta terça-feira (5) que a falha do governo produz ainda mais sofrimento na vida dos trabalhadores da Saúde. “É uma tortura”, disse ela, criticando duramente o erro cometido pelo governo do Estado na tabela dos plantões emergenciais da Saúde. “No auge da pandemia, todos batiam palmas, mas agora, que o vírus abrandou, não se vê mais isso. Sei que quem mais sofrem são os humildes, os que precisam do TFD, os que estão doentes nos rios, nos ramais”, disse, eximindo os trabalhadores de responsabilidade pela greve atual.
Já o deputado Gerlen Diniz (PP), da base de apoio ao governo, afirmou que todos erraram e é irresponsável criticar apenas o governador. “O erro foi de todos, do governo e dos deputados, inclusive os da oposição”, disse, afirmando que é irresponsabilidade criticar sendo que também errou.
“Coloquem-se no lugar do governador Gladson Cameli. Daqui a seis meses tem eleição e o governador é candidato, precisa do voto de vocês”, disse, reafirmando que o governo quebraria caso os reajustes comprometesse a folha de pagamento. “O governador colocou em risco sua reeleição, mas não vai fazer o que o PT fez, que atrasou salário”, disse.
Em rebate, Jenilson afirmou que o PL com erro não tramitou da forma correta nas comissões e em aparte, Edvaldo Magalhães defendeu que quem encontrou o erro foi a oposição reforçou que a culpa é da equipe de negociação do Palácio Rio Branco.
A expectativa é que o PL seja debatido ainda hoje nas comissões e seja votado no plenário no período da tarde. O Projeto de Lei do reajuste dos 5,42% também será apreciado em plenário também.