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Famílias buscam informações de desaparecidos no caso de mortes de quebradores de castanha

Por
Antônio Malvadeza

No mês passado, depois de vários dias de buscas, a Polícia Civil de Acrelândia, com o apoio de homens do Corpo de Bombeiros, conseguiu localizar os cadáveres da comerciante Maria Moreno da Silva e de seu marido, Melquiades, que estavam putrefatos, com marcas de violência, perfurações de arma branca e projéteis de arma de fogo.


O casal e mais três empregados estavam trabalhando na quebra de castanha em uma área de litígio conhecida como Ponta do Abunã, na divisa dos Estados do Acre, Rondônia e Amazonas, uma terra sem lei onde já foram registrados dezenas de assassinatos. O trabalhador Francisco Souza de Oliveira, sua companheira e mais outra pessoa, que estavam com o casal, estão desaparecidos.


Maria Moreno e Melquíades, que moraram por algum tempo em Plácido de Castro, todos os anos durante o período da quebra de castanha que vai de fevereiro e junho, se deslocavam para a Ponta do Abunã levando alguns trabalhadores previamente contratados. No local, eles ainda compravam parte da produção de centenas de pessoas envolvidas na colheita da amêndoa.


Eles andavam sempre com grandes quantias em dinheiro, já que a distância era grande para os bancos e os trabalhadores só aceitavam o pagamento em dinheiro vivo. Isso, certamente, atraiu a atenção dos bandidos, que de olho na grande circulação de dinheiro passaram a agir na região e, na maioria das vezes, usando da violência e até executando as vítimas.


No final do mês de fevereiro, Maria Moreno e o marido Melquiades, além de três trabalhadores, que moravam juntos no mesmo acampamento no meio da mata desapareceram, dentre eles uma mulher. A Polícia Civil e familiares foram avisados e no dia 15 de março os cadáveres dos comerciantes foram encontrados em elevado estado de putrefação. Devido o difícil acesso e a distância de 8 horas de viagem a pé, eles foram sepultados no local.


Agora, a família do trabalhador Francisco Souza de Oliveira foi avisada de que ele seria um dos três desaparecidos que trabalhavam com o casal, junto com a companheira, que cozinhava para os quebradores de castanha. Os familiares acreditam que ele esteja vivo e procuram informações se alguém sabe do seu paradeiro. O caso ocorreu na jurisdição de Rondônia, onde deverá ser apurado.


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Antônio Malvadeza

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