As despesas previdenciárias com acidentes de trabalho cresceram 10,17% no Acre entre 2019 e 2020, segundo os dados mais atuais do Observatório de Saúde e Segurança no Trabalho do Ministério Publico do Trabalho.
Em 2020 foram gastos R$50,1 milhões e no seguinte, R$55,2 milhões. Esse valor acumula despesas com auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte em acidente de trabalho, e auxílio-acidente.
Anualmente, segundo estimativas globais da Organização Internacional do Trabalho, a economia perde cerca de 4% do Produto Interno Bruto em razão de doenças e acidentes de trabalho, o que, além das perdas humanas, destaca a perda de produtividade provocada por ambientes de trabalho inseguros ou insalubres.
Os dados do Observatório buscam quantificar os gastos da previdência com cada um dos tipos de benefício destacados, o que não considera outros custos elevados de natureza administrativa (processamento de atendimentos e casos no INSS), judiciais (muitos casos são judicializados), despesas para o sistema de saúde (com atendimentos e tratamentos de trabalhadores), além de perdas pessoais e familiares de difícil tradução monetária.
No Acre, são 47 afastamentos por acidente de trabalho a cada grupo de 10.000 pessoas. A taxa de concessão dos afastamentos subiu de 4/10.000 habitantes para 5/10.000hab entre 2019 e 2020. As fraturas são o motivo mais comuns de afastamento nos acidentes de trabalho.
No Acre, o local mais comum de notificação de acidentes são os ambientes hospitalares. Em seguida, a construção e o abate de animais.