A direção do Instituto Médico Legal (IML) deve encaminhar até está quarta-feira, 23 o laudo cadavérico da criança indígena que, segundo a Polícia Civil, sofreu violência sexual. O delegado Saulo Machado, titular do município de Tarauacá, é quem deverá receber o documento na cidade em que é feita a investigação sobre a morte da menina.
A vítima morreu no último dia 10 de março no Hospital de Tarauacá. Segundo o Atestado de Óbito, por broncopneumonia e insuficiência respiratória. No entanto, um exame de conjunção carnal feito pela equipe médica que atendeu a criança, atestou estupro, o que é negado pela mãe da bebê.
O diretor do IML, médico legista Italo Maia Vieira, diz que o laudo vai contribuir para a investigação do crime em apuração, o estupro, mas não esclarece em definitivo a questão.
“O objetivo é só contribuir para a investigação do delito em apuração. O laudo é uma peça a mais nesse quebra cabeça e responde ao que foi solicitado pelo delegado. As perguntas são os quesitos padrão conforme o tipo de perícia solicitada seguindo protocolo da secretaria Nacional de Segurança Pública. Além dos quesitos padrão, a autoridade policial pode adicionar ou elaborar outros quesitos”, explicou.
Segundo o diretor, após a conclusão do laudo, o delegado pode ainda requerer quesitos complementares.
“Já na fase processual, caso necessário, a autoridade judiciária também poderá elaborar quesitos complementares”, complementa Ítalo.
O delegado Saulo Machado já ouviu todos os familiares da menina de etnia Katukina.