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Dono da bananinha mais famosa do Acre conta trajetória de sucesso

Por
Thais Farias

Um legado de pai para filho. Esse é um dos principais ingredientes que colaboram com o sucesso da bananinha frita vendida por Bruno Ferreira Oliveira há mais de 14 anos no Centro da capital acreana. A iguaria é um lanche tradicional no estado, mas ganhou fama pela qualidade da receita e produtos comercializados na banquinha localizada na Benjamin Constant, em frente a um estacionamento bastante frequentado de Rio Branco.


 


Desde que começou a ajudar o pai na venda da bananinha, Bruno nunca saiu do ponto situado na região central da cidade. A rotina foi a mesma durante bastante tempo: ele saía da escola, quando tinha 15 e 16 anos, e ia direto para a banca ajudar o pai no trabalho. “Eu ficava lá na banquinha ajudando a vender. O tempo foi passando e eu ali, auxiliando meu pai. Acabou que comecei a gostar do que ele fazia e passei a também querer trabalhar com isso”.


 


Ainda na adolescência, Bruno percebeu que a comercialização da bananinha poderia lhe render um bom retorno financeiro. “Naquela época eu notei que dava para eu sobreviver vendendo bananinha. Claro que poderia não ficar rico, mas para eu me manter dava, sim”. O jovem seguiu no ramo e permanece até os dias de hoje vendendo o que lhe deu o título de bananinha mais gostosa de Rio Branco.


 



 


Embora muito esforço e dedicação de segunda a sexta-feira, Bruno precisa contar com o apoio da esposa no sustento da casa. “Não dá para viver só com a venda da banana. Tenho minha esposa, que trabalha como operadora de caixa numa loja, e aí a gente se ajuda nas despesas de casa, pois só com a bananinha mesmo, não dá”, afirma.


 


Ao longo dos anos trabalhando com vendas, Bruno ressalta que conseguiu firmar inúmeras boas amizades com os clientes que vem conquistando há quase 20 anos no ramo. Segundo ele, seus clientes mais assíduos são os servidores públicos que atuam nas diferentes secretarias estaduais localizadas pelo Centro. São servidores da Secretaria de Fazenda, de Segurança, da Saúde, e ainda têm os diversos funcionários dos comércios que funcionam na redondeza. “Eles trabalham aqui pertinho, então vêm quase todos os dias comprar”.


 


De acordo com Bruno, os números referentes às vendas de bananinha variam muito. “Depende do dia. Às vezes vendo R$ 300, R$ 350 por dia. E há vezes em que vendo até R$ 400 diariamente”. Por dia, chega a atender uma média de 80 a 100 clientes. Com isso, já realizou algumas conquistas. “Consegui conquistar muita coisa nesse período. Por muitos anos guardei o dinheiro que ganhava aqui para comprar uma moto. Comprei móveis para casa, utensílios, como guarda-roupa, cama, geladeira”, pontua.


 



 


Assim que começou a vender bananinha sozinho, Bruno sentiu muita dificuldade no comércio, pois se considerava extremamente tímido. “Eu quase não falava. As pessoas chegavam para comprar e eu mal abria a boca”, conta aos risos. Felizmente, a situação mudou e hoje se sente mais à vontade na relação com o público. “O tempo foi passando e graças a Deus já perdi bastante essa dificuldade”.


 


Assim como para muitos outros comerciantes, o período mais crítico da pandemia de Covid-19 também foi preocupante para Bruno. “Atrapalhou muito, mas consegui me manter na ‘biela’”, comenta. O vendedor revela que recebeu ajuda de muitas pessoas no auge da pandemia. “Muita gente nos ajudou porque paramos mesmo, foram mais ou menos 5 meses que a gente não trabalhou”, relembra.


 


Há pouco tempo retomou, aos poucos, as vendas de bananinha. “Vendia umas 20 ou 15 bananinhas por dia assim que voltamos e isso foi dando para ajudar no nosso dia a dia”. Bruno acredita que num futuro próximo possa aumentar ainda mais as vendas e ampliar seu negócio. “Não sei, mas talvez seja possível colocar mais carrinhos em alguns pontos estratégicos da cidade. Mas meu sonho mesmo é ter uma casa própria, meu carro, mas com o tempo a gente vai conquistando, se Deus quiser”, finaliza.


 



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Thais Farias

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