Em protesto contra o reajuste salarial anunciado pelo governo ao funcionalismo estadual, de 5,42%, além de pautas anteriores ao anúncio relacionadas ao setor da Saúde, os servidores da Maternidade e Hospital da Criança de Cruzeiro do Sul fecharam o trânsito na avenida Lauro Muller, na manhã desta quinta-feira, 17.
O movimento de greve teve início no último dia 8, mas nesta quinta-feira foi intensificado e, segundo o biomédico Adauto Saraiva, do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sintesac), só serão atendidos casos de emergência. “Vamos atender mulheres em trabalho de parto, mas a parte ambulatorial e exames não faremos”, afirmou.
Usando nariz de palhaço e batendo panelas, os servidores pedem que o governo reveja o percentual dado. “A gente esperava 14%, e esse percentual, além de pequeno, é referente apenas a 2021. Ficaram para trás, 2019 e 2021″, disse.
Por enquanto, a adesão ao movimento grevista se restringe à parte dos servidores da Maternidade e Hospital da Criança. Nos Hospitais do Juruá e de Campanha, os funcionários não são ligados à Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), mas sim à Associação Nossa Senhora da Saúde (Anssau). Esses, não pararam de trabalhar.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), segundo o representante do Sintesac, Venilson Albuquerque, a maioria dos profissionais têm contratos emergenciais, portanto não deverão aderir em grande número ao movimento grevista.
Além da realização de concurso público, as reivindicações são de reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR) das categorias da saúde, reposição de perdas salariais, não à terceirização e melhoria nas condições de trabalho.