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Mailza desabafa e diz que Gladson não cumpre acordos: “não aceitarei mais desrespeito”

Um encontro articulado pela senadora Mailza Gomes, do Progressistas, que seria para debater os detalhes que envolvem as eleições 2022, serviu ainda para escancarar uma tentativa de pacificar o acirramento entre ela e o governador Gladson Cameli, que ainda segue quente à essa altura do “campeonato”. Embora as decepções tenham sido apontadas por ela, a senadora e o partido ainda tentam manter Cameli no PP.



“Temos sim, interesses que o governador permaneça no Progressistas, respeitamos sua história no partido e damos a ele muito valor. Sempre coloquei o mandato à disposição, fui leal durante todo tempo, tenho inúmeros recursos destinados e obras importantes, nunca me neguei em ajudar, mas não aceitarei mais esse tratamento desrespeitoso”, escreveu a senadora na noite dessa terça-feira (16).


Durante o encontro na residência oficial da presidência da Câmara dos Deputados, em Brasília, com toda a Executiva Nacional do partido, incluindo o presidente nacional do PP e ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o presidente da Câmara, deputado Artur Lira, o articulador nacional do Progressistas, Alexandre Baldy, o governador Gladson Cameli e o secretário-geral do PP/AC, Artur Neto, Mailza falou sobre o cenário político do Acre e a necessidade de unir forças para lograr êxito no processo eleitoral.


O encontro serviu para encontrar uma alternativa para assegurar o fortalecimento e crescimento da sigla no estado. Na reunião, a executiva nacional relembrou a história do governador Gladson Cameli no PP e reiterou que ele é o único governador Progressistas do Brasil. Contudo, ficou muito claro que o PP é um partido historicamente congressista, com isso, a cúpula nacional deixou a critério da senadora Mailza a decisão de ser candidata ao Senado ou à Câmara Federal.


Ficou estabelecido o seguinte acordo entre a senadora e o governador: Mailza teria alguns dias a mais para conversar com aliados e compartilhar sua possível decisão com a base política no Acre. Tal fato foi pactuado diante da cúpula nacional e aceito por Cameli, que não cumpriu o combinado. Mailza teria alguns dias a mais para conversar com aliados e compartilhar sua possível decisão com a base política no Acre. Tal fato foi pactuado diante da cúpula nacional e aceito por Cameli, que não cumpriu o combinado, atesta o partido.


Segundo Mailza, o que a deixou extremamente chateada e decepcionada foi ver as atitudes do governador durante nessa terça-feira. “Primeiro, ele afirmou que se filiaria no PL. Em seguida, mandou dizer que atendendo pedido do senador Márcio Bittar, se filiaria ao União Brasil, e que o próximo passo seria tomar a direção do partido das minhas mãos. Por último, o nobre governador anunciou sua permanência no PP com a seguinte condição: meu recuo para disputar uma cadeira na Câmara Federal. Tudo isso sem minha permissão e ainda mais, quebrando um acordo feito diante da executiva nacional. Sofri violência política feminina”, disse a parlamentar.


Mailza reforça que não faz política com quebra de acordo. “O político pra mim tem que honrar suas palavras. Não vejo problema nenhum em concorrer a uma cadeira de federal, contudo, isso será decidido por mim e minha equipe”. Sobre o encontro anunciado pelo governador na sede do Progressistas em Rio Branco, Mailza afirma desconhecer. “As coisas acordadas precisam ser respeitadas. Temos sim, interesses que o governador permaneça no Progressistas, respeitamos sua história no partido e damos a ele muito valor. Sempre coloquei o mandato à disposição, fui leal durante todo tempo, tenho inúmeros recursos destinados e obras importantes, nunca me neguei em ajudar, mas não aceitarei mais esse tratamento desrespeitoso”, finalizou a parlamentar.


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