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Defesa de Gladson pede ao STJ suspensão de inquérito após PF investigar seu filho

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A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, deve analisar um pedido de suspensão das investigações contra o governador do Acre, Gladson Cameli, do Progressistas, na Operação Ptolomeu, que apura suposta corrupção no governo estadual.


De acordo com uma reportagem da Veja divulgada nesta terça-feira, 15, à petição da defesa de Cameli, ocorre em sigilo. O pedido tem como base o uso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para investigar a família do governador sem o consentimento do tribunal.

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Segundo os advogados do governador, “a requisição de RIFs ao COAF sobre a esposa do governador, o filho do governador e sobre as empresas das quais Gladson Cameli é sócio, viola, por via oblíqua, o juiz natural da causa, no caso, esse Superior Tribunal de Justiça, que teve sua competência dolosamente usurpada em investigação de governador de Estado que, de forma notadamente ilegal, tramitou perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região. E há mais. Não bastasse a flagrante usurpação da competência desta Corte, certo é que a situação dos autos traz outro problema igualmente grave, mas que passou despercebido por este Superior Tribunal de Justiça. Trata-se da forma de disseminação dos RIFs do COAF, que foram dolosamente requisitados pela Polícia Federal que, em sua sanha investigativa, demandou a elaboração de relatório acerca das operações financeiras da família do Governador Gladson Cameli”, alegou a defesa do chefe do executivo que disse ainda que além do governador, foram monitorados a sua esposa e até seu filho de apenas seis anos de idade, que não fazem parte do rol de investigados, diz a defesa.


Em meio a reportagem, a defesa afirma ainda que vê risco de o caso do Acre legitimar qualquer autoridade policial do país a requisitar relatórios do COAF de familiares de qualquer autoridade com foro.


Com base nas irregularidades da investigação não autorizada pela Justiça, espera-se que o STJ declare a nulidade de todo o relatório que envolva o núcleo familiar do governador, além do trancamento do inquérito e a revogação das medidas cautelares impostas contra o político.


Operação Ptolomeu

A Operação Ptolomeu começou a partir de inquérito conduzido perante a Justiça Federal no Acre. Após o surgimento de prefeitos na investigação, o caso migrou para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em razão de foro privilegiado. No âmbito do TRF-1, outras medidas cautelares foram autorizadas.


Em maio de 2020, a PF pediu a quebra de sigilo telefônico dos investigados. Em uma dessas conversas interceptadas com o aval da Justiça, surgiu uma citação ao “governador” (à época, Gladson Cameli).


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