Após cerca de 200 militares dos três batalhões da Polícia Militar paralisarem as atividades cobrando do governo a realização de um curso específico para conduzir veículos de emergência na manhã desta segunda-feira (10), a diretoria Operacional da PM-AC determinou que os militares realizem patrulhamento a pé nas respectivas regionais.
O Comando da corporação informou que apenas alguns militares decidiram paralisar as atividades específicas de radiopatrulha dos batalhões de área da capital – deixando a cidade desguarnecida.
Sobre as medidas para coibir a prática criminosa na cidade, a PM fez a reorganização do policiamento da capital até verificar a situação do referido curso solicitado pelos militares. “Como solução temporária, todo o efetivo de radiopatrulha, que estaria de serviço em viaturas, foi remanejado para o policiamento a pé em suas respectivas áreas de atuação, e as guarnições do Batalhão de Operações Especiais (Bope), dentre elas, Giro e Rotam, e dos Batalhões de Policiamento Ambiental (BPA) e de Policiamento de Trânsito (BPTrans), estão operando no atendimento de ocorrências e em apoio a este policiamento a pé”, declarou a nota da assessoria de comunicação da PM.
A nota esclarece que os comandantes de batalhões, comandos de policiamentos, Diretor Operacional, e o subcomando encontram-se em tratativas na busca de soluções mais efetivas frente à referida situação. “Esclarecemos que as negociações com a equipe de governo não foram paralisadas, continuam ocorrendo de forma franca, havendo, inclusive, uma reunião agendada para hoje, 14 de março, no período da tarde. O governo, por seu lado, já reconheceu as perdas dos militares e busca soluções para uma reposição remuneratória da tropa, que tem se desdobrado, inclusive na pandemia, para a manutenção das ações de segurança pública”, ressaltou.
Por fim, o comando enfatizou que se mantém comprometido na defesa dos interesses e direitos da corporação, e que todo movimento, enquanto legítimo, é reconhecido, porém, garantiu que se opõe a qualquer ato que saia do campo de uma manifestação pacífica, e que venha a quebrar o compromisso que a Polícia Militar tem para com a segurança da sociedade acreana.