O peruano Júlio Navarrete Isper foi sentenciado a 16 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes de extorsão e integrar organização criminosa. A decisão é do juiz da Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Rio Branco.
O estrangeiro é apontado pelas investigações como sendo um dos líderes de um esquema que extorquia comerciantes acreanos, especialmente da zona central de Rio Branco, que eram obrigados a pagar mensalidades a uma facção criminosa em troca de segurança.
De acordo com o Ministério Público, Navarrete era o responsável pelo suporte financeiro da organização criminosa e estava no presídio desde o mês março do ano passado, quando foi preso em uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO).
O criminoso, junto com outros envolvidos, foram acusados de armar um grande esquema criminoso, em conjunto com uma facção criminosa, que cobrava de comerciantes da zona central da capital acreana uma taxa com pagamento mensal em troca de serviços de segurança que não eram prestados.
As vítimas preferenciais do esquema eram comerciantes do Calçadão da Benjamin Constant, Camelódromo, Terminal Urbano, Mercado Elias Mansour, Mercado Velho e adjacências, onde os donos de boxes, bares e outros eram obrigados a pagar uma mensalidades. Quem se recusava a pagar era ameaçado por membros da organização criminosa, que seriam responsáveis, inclusive, por um incêndio ocorrido próximo ao Colégio Acreano.
Navarrete foi preso pelo Gaeco no mês de março do ano passado, como sendo o principal envolvido no esquema criminoso. O MP mantém em sigilo as investigações que seguem em andamento.
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