Ícone do site ac24horas.com – Notícias do Acre

Tetraplégico espera mais de 8 horas por perícia médica no INSS

Pelo fato de morar na zona rural e em local de difícil acesso, assim como não ter condução própria, o agricultor Mário Rodrigues, de 33 anos, teve que esperar mais de oito horas por uma perícia médica no Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).


Durante grande parte desse tempo, o trabalhador que inicialmente teve a aposentadoria negada por não ter carteira assinada, permaneceu deitado em um tapete na área lateral do prédio do INSS, no centro da Capital.


Ele fez questão de esclarecer que o órgão federal não tem culpa pela espera, pois sabia que a perícia seria realizada no final da tarde. “Tive que aproveitar a carona de um vizinho, caso contrário não teria como comparecer”, disse Mário Rodrigues.


De acordo com a senhora Maria Antônia Rodrigues, esposa do agricultor, Mário tinha uma pequena propriedade na zona rural da Vila do V, onde sofreu um acidente doméstico e ficou tetraplégico.



Já se passaram 19 meses e por falta de um transporte o agricultor nunca fez uma sessão de fisioterapia, o que poderia melhorar seu estado de saúde.


Há alguns meses, o INSS negou sua aposentadoria sob a alegação que o mesmo nunca tinha contribuído com a previdência social. “Eles disseram que eu não tinha carteira assinada ou trabalho fixo”, comentou.


Morando atualmente no ramal do Pica-Pau, região de difícil acesso da Estrada do Amapá, ele vive de favores de amigos e familiares.


A perícia foi marcada para esta quinta-feira e como não tinha condições de pagar um transporte, Mário Rodrigues teve como única opção a carona de um vizinho que trabalha na cidade e o deixou na sede do INSS no Centro.


Ali, ele permaneceu deitado no piso de alvenaria das 7h30min às 16h, quando foi levado para a fazer a perícia para então obter o direito à aposentadoria como trabalhador rural.


Sair da versão mobile