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Base de Gladson na Aleac volta rachada antes das eleições

A base de apoio do governador Gladson Camelo na Assembleia Legislativa está definitivamente rachada, sem comando e não dar sinais de um consenso faltando poucos meses para as eleições de 2022. Com a ausência momentânea do líder do governo, deputado Pedro Longo (PV), do debate desta terça-feira, 8, coube ao presidente da casa, deputado Nicolau Júnior (Progressistas) assumir a postura de “bombeiro” no parlamento.


Em meio a uma série de críticas da oposição, o deputado Cadmiel Bonfim (PSDB), que faz parte da base de apoio de Cameli, comemorou a inauguração do novo hospital de Mâncio Lima, mas fez questão de lembrar as péssimas condições da Unidade Hospitalar de Feijó, seu reduto eleitoral. “Vai suprir as necessidades do município [Mâncio Lá]. Porém, quero lembrar ao governador que o hospital de Feijó precisa de uma reforma igual a de Mâncio Lima”, disse, alertando que a situação é vergonhosa. Bonfim diz que já perdeu as contas das indicações feitas sobre a situação do hospital de Feijó, município que tem a 5ª maior população do Acre.


Ao ver a reclamação do deputado da base, Nicolau tratou de responder o colega. “Recebi a informação de que o dinheiro já está na conta. São R$5,2 milhões para reformar o hospital, que é muito importante para aquela região de Feijó”, disse o chefe do legislativo.



Às declarações de Cameli no último final de semana de que usaria saia caso a ponte da Sibéria, em Xapuri, não fosse inaugurada também repercutiu na Aleac. O deputado Antônio Pedro (Democratas) disse que está muito alegre com o lançamento da ordem de serviço. “Quando vim aqui no meu primeiro mandato foi a primeira indicação que fiz, a construção da ponte ligando o 1º ao 2º Distrito de Xapuri, que é o bairro da Sibéria”, disse. “Nosso governador Gladson Cameli realmente fez compromisso e eu acreditei. E ele sempre falou que ia fazer e no sábado, dia 5 de março, deu a ordem de serviço”, lembrou o parlamentar.


Segundo ele, a população de Xapuri ficou muito feliz, mas ainda há pessoas que não acreditam e torcem para que as coisas deem errado. “Ao falar que usaria saia, o governador passou credibilidade e a população pode confiar que a ponte vai sair”.


Ele vê que o governador não tem parado de trabalhar. Gladson ainda fará muito pelo Acre, acredita Pedro.


Enquanto Cameli era elogiado por Antônio Pedro, o deputado Gerlen Diniz (Progressistas) afirmou na tribuna da Casa que o governador está “cercado de gente inapta”.



“O governador sofre o desgaste e todas as categorias do nosso Estado estão esperando a reposição salarial”, disse Diniz, completando que as pessoas perguntam ao governador e com certeza que o secretário responsável por levar ao governador os dados não o tem feito. “Governador, é o senhor que sofre com a inaptidão daqueles que o cercam”, alertou.


Após Gerlen criticar os secretários próximos de Cameli sem nomina-los, o deputado Fagner Calegário (Podemos), que volta e meia crítica o governo, aproveitou a oportunidade para defender Gladson. Segundo ele, a oposição tenta denegrir a imagem do governador em tema que apenas mostra o compromisso dele com a população. “Ora, pessoal, não é porque é ano de eleição que a gente deixa de reconhecer os avanços do governo”, disse.



No entanto, Calegario disse que é necessário reconhecer o trabalho das categorias, como a saúde e a educação. “Precisamos conversar e avançar na resolução dos problemas”, disse. Ao final, ele parabenizou o senador Márcio Bittar e deputados federais que têm alocado recursos para o Acre.


Ao final da sessão, o líder do governo apareceu na tribuna minimizando as críticas ao governo e afirmando que todos querem estar na chapa de Gladson em 2022.


Longo defendeu que Cameli prestigia as mulheres não somente com políticas, mas elas ocupam espaços relevantes na Saúde, Educação, Assistência Social, Depasa e outras funções estratégicas do governo.


“Palavras todos podem pronunciar, mas atos só os que tem sensibilidade”, disse Longo ao rebater suposta misoginia na fala de Cameli na ordem de serviço da Ponte da Sibéria, que afirmou que usaria saia caso a obra não fosse entregue.


Ele elencou as obras e medidas adotadas pelo governador, cuja popularidade é evidente. “Temos cinco candidatos ao Senado e todos querem ser candidatos em qual chapa? Na chapa do governador Gladson Cameli”, observou.


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