De 10 a 13 de março, as cidades de Tarauacá, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul recebem o Festival Internacional de Cinema Pachamama. Em Cruzeiro, a exibição será no dia 13, às 19 horas, no Teatro dos Náuas. Além da exibição dos filmes, o festival realizará uma oficina de produção audiovisual no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Náuas.
Será a primeira edição do Pachamama – Cinema de Fronteira no Vale do Juruá. Segundo a coordenadora do projeto, Karla Martins, será a realização de um sonho antigo. “O Pachamama tem como principais diretrizes a promoção da integração e da democratização cultural”, disse.
A edição itinerante do festival começa em Tarauacá, na quinta-feira, 10 de março, na praça Airton Furtado. Já no sábado, 12, será a vez da cidade de Mâncio Lima, no mercado Hermecílio B. de Lima, receber a sessão de cinema ao ar livre. O Festival termina no domingo, no Teatro Náuas, em Cruzeiro do Sul. Todas as sessões iniciam-se às 19h com entrada livre.
O Festival Pachamama – Cinema de Fronteira – Edição Juruá foi selecionado pela Lei Emergencial de Cultura Aldir Blanc, por meio da Fundação Elias Mansour, com realização da Saci Filmes, Yaneramais Films e Mandala Produções, com apoio cultural das prefeituras de Tarauacá, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul.
Serão exibidos curtas metragens de diversos estados brasileiros e de países latinos. Entre eles, destaca-se a animação “Soletude”, do Amapá, que venceu o Festival do Rio do ano passado na categoria curta-metragem. Além, de episódios da série “Nokun Txai – Nossos Txais”, da Saci Filmes, gravados no vale do Juruá, como o episódio “Beiradão”, todo filmado em Tarauacá e “Atsa – Encontro com os Ancestrais”, filmado na aldeia Barão, na Terra Indígena Poyanawa, em Mâncio Lima.
Para o diretor de programação Marcelo Cordeiro, exibir esses filmes no vale do Juruá é uma forma de dar uma devolutiva para a sociedade com obras que foram filmadas na região. “É uma oportunidade para a comunidade se ver na tela grande, o que é sempre muito bonito”, avaliou.
O Festival Pachamama somará forças na campanha Juruá Solidário, da Prefeitura Municipal de Cruzeiro de Sul, que arrecada donativos para as famílias atingidas pela enchente do Rio Juruá.
A sessão de domingo no Teatro Náuas, vai arrecadar alimentos não perecíveis para as famílias atingidas e, em parceria com a Secretaria de Cultura, vai levar os desabrigados para assistir aos filmes.
As sessões terão um limite de público de 70 pessoas, com distanciamento social, e será obrigatório o uso de máscaras.
Na sexta-feira, 11 de março, a partir das 9h, no CAPS de Cruzeiro do Sul, o cineasta Sérgio de Carvalho, vai realizar a oficina “Inventar com a Diferença”, tendo como foco a interface entre o cinema, a educação e os direitos humanos.
A metodologia do “Inventar com a Diferença” foi desenvolvida pelo curso de cinema da Universidade Federal Fluminense, pelo laboratório Kumã, em parceria com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos e já foi compartilhada em todos os Estados brasileiros, além de países latino-americanos, nos mais diversos espaços.
Segundo Carvalho, a oficina é para multiplicadores. “A Oficina apresenta uma metodologia lúdica que trata de assuntos essenciais e complexos de nossa sociedade, como cidadania, desenvolvimento do olhar crítico na leitura de imagens, meio ambiente, entre outros, tendo exercícios cinematográficos como principal ferramenta metodológica”, concluiu.
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