O tempo, Senhor da razão, vem aos poucos clareando as coisas e, de vez em quando, derrubando narrativas que surgiram com status de sentença irrecorrível pois estavam supostamente ancoradas na ciência, ultimamente elevada à condição de Deusa por gente que nunca ouviu falar de Karl Popper, por exemplo.
Uma delas, o lockdown, ou seja aquele trancamento geral a que fomos obrigados, fazendo com que empregos e empresas fossem perdidos em larguíssima escala, levando à depressão milhões de crianças, jovens e adultos em todo o mundo, exacerbando a violência familiar e desgraçando as economias nacionais. O “fique em casa” foi demolido como científico por estudos recentes que lhe atribuíram pouquíssima eficiência no combate à peste (ver aqui). A OMS não saiu à rua para se responsabilizar pelos efeitos deletérios que causou.
Outra, o uso da máscara, foi também desconstruído como defesa eficaz de quem quer que seja (ver aqui). Se usada de modo correto (trocada frequentemente, ajustada ao rosto etc., essas máscaras comuns que usamos, podem reduzir entre 2,5% e 10% o contágio sob determinadas condições. O governador da Flórida nos EUA (ver aqui) praticamente ridicularizou o uso em recente solenidade. Aliás, nem precisava. O seu uso em pé e desuso sentado nos restaurantes já são suficientes para qualquer mente minimamente lúcida desconfiar que algo errado não está certo.
Em seguida, o passaporte sanitário, comprovante de vacinações seguidas, sucumbiu em muitos lugares à lógica elementar e às contingências. Sua permanência em muitos lugares é apenas questão de tempo. Esperamos a OMS?
Fato é que as pessoas que se distanciam, usam máscaras e se submetem ao passaporte vacinal o fazem por obrigação ou por subordinação mental. Não acredito que seja por opção estética, mas por decorrência de dois anos de obediência. Muitos são servos voluntários bem ao estilo proclamado por Etienne de La Boethie. Da minha parte, aviso, prefiro que cada um faça o que quiser. Sou sempre, em primeiro lugar, pela liberdade do indivíduo, evidentemente acompanhada da responsabilidade pelos atos praticados.
Pois bem, deixemos a peste de lado, por enquanto, e consideremos outro aspecto, mais atual, que depende, para compreensão, das narrativas a que estamos expostos, dado que não temos acesso às fontes primárias de informação. Refiro-me à incursão russa na Ucrânia, que não foge à regra e é, internacionalmente alvo de desinformação. Não se pode dar crédito firme a nenhuma notícia, afinal as agencias de notícias tem lado e não é necessariamente o lado da verdade.
O oportunismo político não dá tréguas. Tanto que a mídia finada, porém zumbificada pela esquerda globalista, deu alguns saltos hermenêuticos para dizer que o Brasil votou contra a Rússia na ONU, mas é a favor, numa tentativa abestalhada, diria um amigo, de enfiar o Bolsonaro no bisaco Putinista, isso ao lado do Maduro presidente da Venezuela que juntamente com outros ditadores de esquerda deram declarações públicas de apoio ao ditador russo. Tem lógica um trem desses? Para essa gente tem. Uma semana após, a invasão russa é como a peste no início. A única coisa que se sabe é que não se sabe nada.
Outro caso recente, bem brasileiro, é a tentativa da esquerda de impedir, como fizeram antes com Olavo de Carvalho e com o próprio Brasil Paralelo, a exibição do documentário “O FIM DA BELEZA” que, antecipo, é imperdível e está disponível em 3 episódios leves e bem produzidos na plataforma do BP e gratuitamente no Youtube (ver aqui). Não se trata sequer de uma ficção de mote conservador, mas de um documentário produzido a partir de depoimentos e imagens de altíssimo grau e reconhecimento. Autoridades que podem, se for o caso, serem refutadas por outros especialistas. Mas, para a esquerda, a realidade não pode ser vista sem seus óculos vermelho-sangue.
Quando, porém, é lançada uma produção com o carimbo ESQUERDA, por mais miserável que seja do ponto de vista moral e político, como os filmes sobre o preso-solto Lula ou sobre a execrável Dilma ou, igualmente podre, sobre um terrorista, seja ele Che Guevara ou Mariguela, a posição é contrária. Os coitados dos alunos são até premiados com ponto-extra se os assistirem. As universidades públicas, principalmente, bancam tudo de nariz em pé, achando que estão formando cidadãos. Nem vou mandar ir em Cuba ou na Coréia do Norte ver a que cidadão se referem.
O leitor pode estar se perguntando o que tem em comum a máscara com a guerra ou com a beleza para estarem no mesmo texto. Percebam que não detalho em si nenhuma delas. Trato é da SUA liberdade individual, da liberdade de pensar e agir conforme sua própria convicção, da condição de SER independentemente de mandados exteriores, de seu direito à informação variada, sem filtros, sem carimbos de certo e errado.
Você e eu temos o direito inalienável de andar de máscara sanitária até o fim de nossos dias, de aderir ou não às razões de Putin ou da OTAN, de escolher entre Michelângelo e a arte modernista. As pessoas precisam não renunciar, de antemão, ao SER, em função do que outros querem que elas sejam. Sois livres!
Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no site ac24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Puggina e outros.
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