Durante inspeção na última sexta-feira, 25, no presídio Francisco de Oliveira Conde, o Ministério Público do Estado do Acre, descobriu que em apenas uma ala do Pavilhão R, cerca de 90% da população carcerária não foi imunizada com a 2ª dose da vacina contra a Covid-19
A situação fica ainda mais complicada por se tratar de uma época em que o Acre vive uma terceira onda da pandemia, provocada pela variante Ômicron que tem um poder ainda maior de infecção.
“Na ala A do Pavilhão R, cerca de 90% não tinha tomado a segunda dose. Tem reeducando que tomou a primeira dose em junho do ano passado. O que mais surpreende o Ministério Público é que existem doses sobrando, vencendo, sendo devolvido e a população carcerária ainda não foi imunizada”, destaca o promotor de justiça Tales Tranin
Para resolver o problema, o promotor determinou que o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN) faça um minucioso levantamento da quantidade exata de detentos que ainda não foram imunizados e oficio às secretarias de saúde do município e estado para que forneçam as doses necessárias para que o esquema vacinal dos detentos.
Ademais, estudos comprovam que a proteção decorrente da vacina mostra maior eficácia após a aplicação da segunda dose, devendo ser fielmente obedecido o prazo recomendado pelo fabricante, prazo este que não deve ser antecipado ou ultrapassado.
“Recomenda-se a imediata disponibilização de vacina contra COVID-19 (segunda dose), a todos os reeducandos do Pavilhão R que ainda não tenham recebido, inclusive há reeducandos que receberam a primeira dose do imunizante em junho do ano passado”, diz o represente do MPAC em ofício enviado aos órgãos competentes.