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Após licitação, governo vai pagar o dobro para coleta de lixo hospitalar

Por
Leônidas Badaró

Uma licitação do governo para escolher uma nova empresa para fornecer serviço de coleta de lixo hospitalar pode parar na justiça. Ocorre que a atual empresa, detentora do contrato, poderia ter tido prorrogado o serviço por até 5 anos. Mesmo assim, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) decidiu, por meio de um pregão eletrônico, fazer outra licitação. O problema é o valor a ser ser pago para a empresa vencedora, que  é mais que o dobro do que é pago para a atual prestadora de serviço.


De acordo com planilhas que o ac24horas teve acesso, a Amazon Fort Solução, atual empresa que detém o contrato, que é de Porto Velho, recebe R$ 4,07 por quilo de lixo hospitalar coletado. O valor, em média, que a nova empresa, a Norte Ambiental, com sede em Manaus, vai receber é de R$ 9,3 por quilo.


Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) disse em nota que a qualidade do serviço prestado pela atual empresa, que poderia ter o contrato renovado, foi decisivo para a realização de uma outra licitação. “Outro fato importante a ser destacado, é a qualidade do serviço executado pela contratante, que em diversos momentos, ocorreram irregularidades na execução contratual, e que a mesma foi notificada formalmente. Vale ressaltar que nos meses de fevereiro, junho, agosto, outubro, novembro e dezembro de 2020 não houve coleta de resíduos em algumas unidades, o que ocasionou acúmulo de resíduos sólidos, ultrapassando assim a capacidade de armazenamento, ocasionando na abertura de um inquérito policial para apuração dos fatos”.


Em relação ao aumento do preço pago por quilo para a empresa que vai assumir, a Sesacre explicou que o processo foi precedido de ampla pesquisa de mercado e teve a inclusão de unidades da Sesacre que não estavam contempladas no atual contrato. “Fizemos a inclusão de unidades não contempladas nos contratos atuais, justificando assim, o valor apresentado em comparação aos contratos firmados atualmente com esta secretaria. Além disso, os valores e quantitativos foram mensurados de acordo com a geração das unidades, com um acréscimo de 25%, haja vista, a inauguração de novas unidades e ampliação de estruturas e serviços, bem como o cenário atual de enfrentamento à pandemia”, diz Daniel da Rocha, diretor administrativo da Sesacre.


A empresa responsável por esse tipo de serviço precisa recolher o lixo hospitalar, transportar, tratar e dar o destino final de acordo com a legislação.


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Leônidas Badaró