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50% das mortes violentas na capital são de moradores de rua

Por
Antônio Malvadeza

Os números não mentem e são oficiais: 50% das mortes violentas registradas na capital são de pessoas em situação de rua.


O quadro nunca registrado antes é gravíssimo, o que fez com vários setores da sociedade atentassem para o problema, que tem também a mão do crime organizado, já que dezenas de foragidos da justiça estão infiltrados entre os moradores de rua comandando o tráfico de drogas e outros delitos.


Eles são aqueles que não aparecem na contagem dos órgãos que lidam com pessoas em situação de abandono.


A maioria absoluta de moradores de rua é composta de alcóolatras e dependentes químicos, algo em torno de 95%, e todos os homicídios registrados em Rio Branco em 2022 têm ligação com álcool e drogas, que são também os responsáveis pelo alto índice de roubos e furtos praticados por homens e mulheres em situação de rua, que ingressam no crime com um único objetivo: conseguir dinheiro para comprar drogas e bebidas.


Esquecidos, ignorados e até, por vezes, maltratados pela sociedade, as pessoas em situação de rua que vivem abandonadas e famintas em vários pontos da cidade, especialmente na zona central, se tornam presas fáceis para a violência e o crime.


Mais de 90% das mortes violentas ocorrem em brigas entre eles exatamente por causa de drogas. Três mortes recentes têm a mão do crime organizado: a de Renan de Souza, o “Nego Bau”, que teve um dos dedos da mãe cortado com um facão, como forma de punição por ter praticado um furto, e de dois mortos à rua Padre José, no Triângulo Novo, um deles a tiros.


Para o secretário de Segurança Pública, Paulo Cezar Rocha dos Santos, a situação dos moradores de rua é complexa e exige os esforços de vários setores. Com os fatos recentes, tanto o estado quando os municípios estão dispensando uma atenção especial às pessoas em situação de rua, cujo número verdadeiro é desconhecido.


Oficialmente, eles são 416, quando na realidade passam de 700. Curiosamente, três dos mortos não constavam na relação, prova disso é que o último deles continua no IML, sem identificação, e dois foram sepultados como indigentes.


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Antônio Malvadeza

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