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Comerciantes exigem retirada de pessoas em situação de rua

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Antônio Malvadeza

“Eles transformaram parte do Centro da cidade em um verdadeiro inferno”. O desabafo é do comerciante Manoel da Silva, um dos que alegam prejuízos pela presença massiva de pessoas em situação de rua na região desde a instalação do Centro de Referência Especializado Para Moradores em Situação de Rua, o Centro Pop, localizado na Rua Benjamim Constant, ao lado da Rádio Difusora Acreana.


Segundo os donos de lanchonete, essas pessoas são responsáveis por furtos e outros tipos de crimes registrados na área. “Perdemos o sossego, o patrimônio e a clientela. A solução é fechar essa entidade que apoia moradores de rua, que na realidade em sua maioria são ex-presidiários, muitos deles usando tornozeleira eletrônica. Do jeito que está não pode ficar”, afirmam.


A entidade mantida pela Prefeitura Municipal de Rio Branco atende 325 moradores de rua devidamente cadastrados, com duas refeições diárias a asseio pessoal. Desde que foi instalado no local, em 2020, os beneficiados passaram a ser um problema grave para os comerciantes e moradores da região. Moradores dizem que os mesmos assaltam pessoas, saqueiam o comércio e destroem o patrimônio público.


A antiga Praça dos Tocos, localizada na frente da Catedral de Nossa Senhora de Nazaré, está deteriorada e teve todos os cabos da rede elétrica furtados e teve 80/% dos quiosques destruídos após os proprietários desistirem do negócio.


Um dos que resistiram é Manoel da Silva, que possui uma lanchonete e restaurante, onde antes da chegada do Centro Pop vendia até 800 marmitex por dia e tinha sete funcionários com carteira assinada. “Hoje vendo no máximo 20% de antes e tenho apenas dois auxiliares com diaristas, já que não posso assinar a Carteira de Trabalho. Esse pessoal ataca as pessoas no meio da rua e ninguém quer vir mais aqui. A instalação do Centro Pop aqui acabou com a gente”, comentou o comerciante.



A administradora do Centro Pop, Beth Pinheiro, admitiu a existência de um abaixo-assinado entre comerciantes e moradores da região pedindo a imediata retirada do órgão. “Entendemos que a situação é grave, no entanto, precisamos sentar para discutir a melhor forma para resolver o problema. Mais de 200 pessoas menos favorecidas pela sorte precisam desse trabalho de grande utilidade e alcance social. Será que retirar o Centro Pop daqui é mesmo a solução?”, indagou.


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