O governador Gladson Cameli (Progressistas) tem enfrentado problemas internos desde que promoveu a entrada do contador Rômulo Grandidier como o homem forte do seu governo na Secretaria da Casa Civil, no lugar de Flávio Silva, assessor do chefe do executivo desde os tempos de câmara federal.
O seleto grupo formado pelo Coronel Messias (Chefe da Casa Militar), Flávio Silva (Assessor) e Alysson Bestene (Secretário de Governo) e até mesmo o esposo de uma procuradora de justiça, tenta, de todas as maneiras, desestabilizar as ações do homem forte do governo, que a todo custo procura organizar a gestão Cameli, que vive clima de instabilidade desde a “Operação Ptolomeu” veio a tona em dezembro do ano passado.
Considerado conservador e de grande trânsito político, Grandidier desagrada as pessoas da “cozinha do governador”. Suas decisões têm sido contestadas por aqueles que fazem um cinturão de isolamento em torno de Gladson. Uma dessas decisões contestadas foi a exoneração do ex-procurador-geral João Paulo Setti. Rômulo teria convencido o governador a exonerá-lo, mas logo em seguida a “tropa de choque” trabalhou para revogar o ato. A pressão foi grande, mas Grandidier venceu a “batalha” com “gosto de derrota”. Desde então, tudo o que é feito acaba sendo questionado por “aliados” para que o chefe do Palácio “emprenhe pelas orelhas”.
O ac24horas apurou que atualmente Rômulo vive mais se explicando ao próprio governador sobre suas ações do que costurando antigas e novas alianças. Os “nós” encontrados na gestão vão desde simples nomeações de pessoas adversárias do palácio, até cancelamento de decreto que nomeia pessoas com contas a ajustar com a justiça.
Nos corredores palacianos comenta-se que tudo que Rômulo Grandidier consegue construir em dias para tornar mais transparente e eficiente o governo, este grupo consegue desfazer em questão de horas. Além do mais, desconfia-se que a maior parte dos vazamentos de assuntos sigilosos do poder é vazado por este pequeno grupo de opositores dentro da gestão de Gladson.
Cansado com a desconstrução e do fogo-amigo, Rômulo, na semana passada, chegou a procurar o governador com a intenção de deixar o cargo, mas Cameli pediu paciência e prometeu acalmar as coisas ao seu redor. Fontes de ac24horas revelaram à que o secretário “é um solitário dentro do governo e a maioria de suas ações são feitas sigilosamente”.
O ac24horas procurou o governador para se posicionar se de fato existe alguma “arenga” entre membros do primeiro escalão e no início da conversa ele negou qualquer animosidade, mas confirmou a insatisfação de Grandidier. Cameli afirmou que quem trabalha contra o secretário da Casa Civil, trabalha contra o governo. “O Rômulo é da minha extrema confiança. Eu já conversei com ele a respeito disso e se existe gente trabalhando contra, que ele demita, seja quem for. Eu não vou tirar a autoridade do Rômulo. Depois de mim, é ele”, disse.