No retorno às atividades, os poderes da república aproveitaram a oportunidade da mensagem anual do Executivo para, como sempre acontece, fazerem suas declarações e discursos empolados, reafirmando suas maravilhosas qualidades, indefectíveis que são. Os caras do STF, especialmente, soltaram a língua como a criar uma cortina que esconde o escabroso movimento que fazem com seu ativismo judicial progressista.
Interessante notar que em todos os casos e mais o Procurador Geral da República, os discurseiros elegeram como centro de suas falas a defesa da liberdade. É quase um espanto que em pleno 2022, esteja toda essa gente preocupada em reafirmar a liberdade como valor inerente à democracia e ao estado de direito. Por que será?
Aqui do meu cantinho, só posso pensar que seja porque ela, a liberdade, nunca foi tão aviltada. E, por quem? Por eles mesmos, ora. Assistimos nos últimos dois anos, tendo como pretexto o combate à pandemia, um verdadeiro assalto às nossas liberdades individuais, aos direitos à livre expressão, de ir e vir, de empreender, de decidir por nós mesmos.
No legislativo, parlamentares renunciaram, sem medir consequências, à inviolabilidade constitucional de sua fala. Ficaram “de quatro” perante o STF (sabe-se lá o motivo) e permitiram que um colega fosse preso por falar, ainda que sob critérios normais tenha dito bobagens consideradas ofensivas. Mas, diga-me o leitor. Há algo mais indevido do que homenagear o comunismo e seus líderes, todos assassinos genocidas? Pois é. Isso pode. Segundo o acocorado parlamento brasileiro, inaceitável é um deputado “ofender” um juiz do STF. Com isto, se apequenaram, vai ser difícil levantarem-se.
Os executivos estaduais e municipais nunca, nem no regime militar, tiveram a chance de exercitar vocações autoritárias como durante a pandemia. Ainda estão por aí, em vigência, mandados às vezes ilegais, que trancam a liberdade individual. Por efeito manada, por aceno politicamente correto ou por vocação mesmo, no mundo inteiro autoridades testaram a flacidez de suas sociedades
E o judiciário? Este deitou e rolou. No Brasil, com base em um inquérito maluco, chegaram a cancelar, emudecer, desmonetizar, processar e prender pessoas que utilizam os meios disponíveis para dizer a informação e interpretá-la de modo diferente da mídia tradicional ou de vossas excelências. Jornalistas de viés conservador foram caçados e presos pelo judiciário que parece querer determinar o que se pode ou não expressar, o que significa eliminar a liberdade de expressão.
Não é difícil perceber que vivemos um período de ataque à liberdade. Por causa da pandemia? Não apenas. A peste é um pretexto para que os verdadeiramente poderosos ensaiem medidas que vão no sentido totalitário de seu projeto globalista. Estamos no “aquecimento” do Grande Reset prometido pelo Fórum Econômico Mundial e repetido ad nauseaum por líderes globais. A radical mudança de paradigmas seja nos costumes, nos usos, consumo e visão de mundo se expressa na opressão que sofremos aqui na ponta, mas resulta da transmissão em cadeia de mandados que são emitidos nos centros de poder.
Adivinha que voz efetivamente se levantou, na cerimônia no Congresso Nacional brasileiro, em defesa da liberdade? O Presidente Jair Bolsonaro. Pois é. Este mesmo que a mídia acusa de autoritário, mas que nunca exerceu qualquer pressão ou moveu qualquer processo contra qualquer jornalista. Este que apanha diariamente o dia todo da velha mídia e se vê, permanentemente, sob ameaça de silenciamento, lembrou à Câmara dos Deputados o primeiro de seus deveres – zelar pela liberdade do povo.
Enquanto isso, o ex-presidiário promete o contrário. Depois de elogiar a ditadura chinesa “lá o partido é forte e o povo obedece”, Lula garante que, chegando novamente ao poder, vai controlar a mídia e a internet. Fique sabendo desde já que neste caso, o que você disser na rede social terá que ser o “correto” segundo os padrões do ladrão solto.
Penso que a liberdade de expressão não é apenas a liberdade de dizer o correto, como pretendem alguns. Se fosse, exigiria um núcleo de superconsciência que julgasse ex-ante o que é e o que não é o certo e o errado. Sou dos que defendem o direito até de mentir. A lei que puna os excessos e os crimes causados pelo dito, depois de dito. Aliás, se apenas a verdade pudesse ser dita, como teríamos eleições se os lados dizem o contrário uns dos outros? Obviamente, algumas mentiras estarão sendo ditas. O eleitor que julgue.
Certo é que a liberdade de expressão permanece na cena. Um valor básico, inerente à pessoa humana, direito fundamental, conseguiu ser trazido a debate por essa gente que insiste em instaurar controle sobre tudo. São os totalitários renascendo de suas catacumbas, vestindo togas, ternos ou jalecos, portando um pedaço de giz ou um microfone, mas de todo modo encantados com a perspectiva de se posicionarem no topo emitindo mandados ao cidadão.
Felizmente, embora a mídia não mostre, no mundo todo há reação contra a tirania. Da Austrália ao Canadá, pessoas livres, espíritos livres estão em movimento. Não aceitaremos esse “charuto cubano”.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no ac24horas e, eventualmente, em seu BLOG, no site LIBERAIS E CONSERVADORES, de Percival Puggina e na Revista Digital NAVEGOS
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