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Quase 2 milhões de raios caíram no Acre em 2021, revela estudo

Por
Edmilson Ferreira

Os raios iluminaram os céus do Acre com uma frequência muito alta em 2021. Sobre o território acreano caíram 1.969.315 descargas elétricas ao longo do ano passado, segundo dados obtidos com exclusividade pelo ac24horas junto ao Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


Foram ao menos 5,3 raios por dia, em média -uma descarga a cada cinco horas aproximadamente. Setembro foi o mês em que ocorreu maior quantidade do fenômeno: 479.648 raios caíram no Acre naquele mês de 2021. Junho foi o mais calmo: 36.714 raios.


Um levantamento inédito elaborado pelo Elat reuniu informações coletadas pelo Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, veículos da imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2000 a 2019.


Os resultados revelam um total de 2.194 fatalidades registradas; uma média de 110 casos por ano no período. Dentre as principais circunstâncias de fatalidades, os maiores percentuais são aqueles associados à atividades de agronegócio (26%).


Para se prevenir dessas ameaças do céu, siga as recomendações da nova cartilha de proteção contra os raios; o material apresenta de forma inédita orientações baseadas nos mais de 2.000 casos registrados no país.


A primeira estimativa da distribuição de raios no Brasil no final deste século, a partir de modelos climáticos globais e um cenário de contínuo crescimento das emissões de gases de efeito estufa nos níveis atuais, sugere um aumento na incidência de raios em quase todo o país, em particular na região Amazônica, onde se espera um aumento de 50%. Já a região nordeste deve sofrer um pequeno aumento (10%) e as demais regiões devem ter aumento entre 20% a 40% na ocorrência de raios.


Atualmente o Brasil registra em média cerca de 70 milhões de raios por ano, com grandes variações como em 2020, ano sobre a influência do fenômeno climático La Niña, quando foram registrados 110 milhões de raios.


O aumento significativo na incidência de raios no Brasil sugere que se medidas de prevenção não forem tomadas as mortes causadas pelo fenômeno tendem a aumentar. Atualmente, centenas de pessoas e de animais são atingidas todos os anos no país, sendo que 30% das pessoas e mais de 90% dos animais morrem.


Uma breve pesquisa traz à tona casos em que raios derrubaram árvores, destruíram empreendimentos e até tiraram vidas, como a do adolescente de 13 anos da Comunidade Triunfo, em Marechal Thaumaturgo, caso ocorrido em novembro de 2021.


O prejuízo ocorreu para a agropecuária também. Em dezembro, dez reses morreram após queda de raio no Ramal Mourapiranga, em Cruzeiro do Sul.


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Edmilson Ferreira

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