Menu

Pesquisar
Close this search box.

Presidente da Fieac pedirá novo apoio de Bolsonaro pela estrada a Pucallpa

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

O convidado do programa Boa Conversa, transmitido pelo ac24horas na noite desta sexta-feira, 28, foi o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), o empresário José Adriano. Entre diversos assuntos, ele tratou com os jornalistas Leônidas Badaró e Marcos Venicios sobre a situação da pandemia na classe industrial, economia e geração de emprego e polêmicas envolvendo a construção da estrada até Pucallpa, no Peru, o complexo Peixes da Amazônia e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE).


Adriano foi enfático ao dizer que toda estrada é importante e muda a vida das pessoas que vivem à margem dela. “Mas também não dá para acreditar que uma estrada só é a solução de todos os problemas, ela é apenas uma parte”. Para ele, a construção da BR até a cidade perua Pucallpa, partido da cidade acreana Cruzeiro do Sul, vale a pena ser discutida.

Anúncios


“Existe um debate na questão ambiental, mas não há nada sem solução. A gente precisa ter maturidade e entender que a vida das pessoas que estão no extremo do Juruá precisa ser melhorada. Só de início a estrada vai baixar o preço do tomate”, pontua.


O presidente lembra que a BR-364 já passa dentro de comunidades indígena e que foi realizado todo um trabalho de mitigação para sanar esse problema. A estrada até Pucallpa, segundo ele, valoriza ainda mais o trecho da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul. “Esse processo não pode ser discuto de forma radical. O progresso não precisa ser tratado de forma marginal”.


Carta a Bolsonaro

A classe empresarial do Acre estará encaminhando uma carta ao presidente Jair Bolsonaro, que estará em Rondônia no dia 13 de fevereiro, para ressaltar as duas prioridades ao estado nesse momento envolvendo a relação Brasil-Peru partindo do Acre. “É uma forma de se comprometer com a construção dessa estrada até Pucallpa e a comercialização da carne bovina do Acre com o Peru, que é uma demanda ainda não atendida”, explica.


Emprego

José Adriano defende a melhoria da qualidade de vida das pessoas com a geração de emprego. Agora, com a categoria assumindo uma secretaria no governo, pretende articular ações que perpassam os interesses do estado e dos setores produtivos locais.


“A gente ficou na condição de dizer nós vamos fazer e condicionamos algumas regras lá dentro [do governo]. A primeira proposta é entender como funcionam os desafios para trabalhar com essa secretaria e começar a chamar os setores”.


Para ele, essa é a melhor oportunidade que as empresas e indústrias acreanas tiveram desde os últimos governos. “Já fomos para dentro do governo, mas por indicações secundárias. Agora é diferente, vai valer muito a experiência. O que a gente quer mesmo é até o final do ano levar o mínimo de segurança ao empresário local”, destacou.


De acordo com o representante da Fieac, é um risco falar em geração de emprego no estado sem focar em programa habitacional. “Precisamos de ideias inovadoras, arrojadas, de se arriscar, se não vai ser mais do mesmo”.


Peixes da Amazônia e ZPE

O presidente da Federação ainda comentou sobre as iniciativas da Peixes da Amazônia e ZPE. José Adriano acredita que a primeira não seguiu o percurso correto para acertar nas decisões. “Uma gestão puramente por indicação do governo e as decisões por um gestor que não conhece a realidade da iniciativa privada. A Peixes da Amazônia é uma boa ideia, mas a forma que foi concebida teve as prioridades invertidas. Para o empresário, a prioridade é o negócio, não é o salário dele. O governo tem que apoiar, acreditar e respeitar o empresário”, afirmou.


Para ele, a ZPE ainda tem salvação. “É uma proposta de governo que ficou muito tempo paralisada, pois demandava um esforço muito grande do empresário em ter que exportar 80% de sua produção e só poder internalizar 20%. Mas não foi só a ZPE do Acre que não deu certo. A única que deu foi no Ceará, mas o modelo foi alterado, pois levou uma única empresa para dentro e tudo que produz lá dentro já tem um subsídio”.


Mesmo após várias tentativas de tentar passar essa iniciativa para investidores e todas elas frustradas, Adriano espera uma nova oportunidade para esse negócio.


Assista a entrevista:

video
play-sharp-fill


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido