O dia 27 de janeiro foi escolhido pela Organização das Nações Unidas, como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. A data é a da libertação dos prisioneiros do campo de concentração nazista de Auschwitz. O número de 6 milhões de judeus mortos em câmaras de gás ou fuzilados, ou de fome e frio, é tido amplamente como referência do horror que se abateu sobre a Europa. Outros (ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, deficientes, maçons, prisioneiros de guerra, eslovenos etc.) completam a lista estimada em cerca de 40 milhões de vítimas.
Bom aproveitar para esclarecer que o termo “negacionista”, vulgarizado hoje em dia, era até bem pouco tempo usado exclusivamente para denominar quem negava os genocídios conhecidos como Holocausto e Holodomor. Havia um vínculo lingüístico muito forte que, infelizmente, foi quebrado para que o termo sirva de instrumento de propaganda rasa.
Voltemos ao tema. O Holocausto, sobejamente provado, foi seguramente a obra mais horrorosa do século passado, mas não a maior. O comunismo matou muito mais e praticamente da mesma forma. Estimativas do “Livro Negro do Comunismo”, publicado primeiramente na França, estima em 94 milhões as vítimas do sistema que muitos políticos ainda hoje insistem em implementar como salvação para a questão da desigualdade sócio-econômica.
Não há, contudo, um Dia Internacional da Lembrança das Vítimas do Comunismo. Pelo contrário, eles continuam por ai homenageando a si mesmos com seus demônios no altar. Em todo 27 de janeiro, quando o noticiário se encarrega de homenagear as vítimas judias de Hitler, lembro também as vitimas de Stalin no Holodomor, um fardo que a extrema esquerda carregará eternamente.
Ainda que seus defensores minimizem, neguem e tentem levar ao descrédito toda publicação relativa ao regime comunista, as marcas são indeléveis. Neste VÍDEO o interessado compreenderá um pouco da ação comunista na Ucrânia.
Infelizmente, como conta o filme “À Sombra de Stalin” disponível no Netflix, a cortina de ferro, com a colaboração da imprensa, cuidou de esconder do mundo o que ocorria entre 1932 e 1933, quando o ditador soviético exterminou de fome mais de dois milhões de ucranianos, saqueando do território todo o alimento. As imagens são aterradoras..
Então, ao voltarmos nossos corações para os mortos pelo Nazismo, lembremos do genocídio cometido na Ucrânia por Stalin, ainda que as viúvas do genocida e o predomínio da esquerda na mídia mantenham um silêncio cínico a respeito, como a preservar as condições de restauração de sua ideologia assassina.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no ac24horas e, eventualmente, em seu BLOG e no site LIBERAIS E CONSERVADORES, de Percival Puggina e na Revista Digital NAVEGOS
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